Campo Grande tem 12% de fumantes, segundo maior índice entre capitais
Pesquisa mostra que frequência do hábito na cidade é maior entre os homens, perdendo apenas para Curitiba (PR).
Campo Grande é a segunda capital brasileira com maior índice de fumantes. A frequência do vício foi declarada por 12,7% dos homens, perdendo apenas para Curitiba, no Paraná, onde 14,2% são fumantes.
Os dados integram o relatório da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgado pelo Governo Federal nesta segunda-feira (15). O levantamento contemplou um universo de 2.011 pessoas, sendo 755 homens e 1.256 mulheres.
De acordo com a pesquisa, que é referente ao ano de 2016, a média da frequência de adultos que fumam variou entre 3,2% em São Luis, no Maranhão, e 11,2 % em Curitiba.
Além das capitais sul-matogrossense e paranaense, os altos índices entre pessoas do sexo masculino foram constatados em Belo Horizonte, Minhas Gerais, com total de 11,5%.
Entre mulheres, o maior número foi verificado em Porto Alegre (RS), com 10,6%, seguido de Curitiba com 8,8% e São Paulo (SP), com 7,5%.
Onde os homens menos fumam no Brasil, segundo o relatório, é em Maceió (AL), com 4,7%, e São Luís e Manaus (AM), com 5,3%, em ambas as capitais. No sexo feminino, as menores frequências foram registradas em São Luís (1,2%), Natal (1,6%) e Manaus (1,9%).
Total de 5,4% das campo-grandenses se declararam fumantes.
De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), em 2016 - ano referência da pesquisa - 2.350 pessoas consumidoras de produtos fumígeros fizeram inscrição no programa municipal para abandonar o vício. Do total, 1.762 deram continuidade ao tratamento e 617 pararam de fumar, ou seja, 26,2%.
No último censo do Vigitel, Campo Grande já havia saltado de 8º lugar em 2012 para a 5ª colocação em número de fumantes em 2014. Na época, 12,7% da população assumiu o vício.
“Quero largar o cigarro” - O tratamento para quem deseja parar de fumar é oferecido gratuitamente pela prefeitura em 36 locais da Rede de Assistência à Saúde.
A metodologia consiste na formação de grupos com até 15 integrantes, que passam por avaliação coletiva e individual por uma equipe multidisciplinar.
São enfermeiros, médicos, psicólogos, assistentes sociais e farmacêuticos que acompanham toda a evolução do grupo, por meio das chamadas “sessões estruturadas”. O atendimento inclui também avaliação dos sinais de abstinência e oferta de medicamentos, como inibidores e adesivos de nicotina.
Nos meses de abril, maio e junho de 2017, 357 pessoas se inscreveram e deram início ao tratamento, sendo que 119 fizeram uso de medicamentos. Nesse período, apenas 58 chegaram até a última reunião e abandonaram o vício. Os dados de todo o ano ainda não foram divulgados pela Sesau.
“Um dos maiores impedimentos para o abandono do vício é a desistência do tratamento, motivada principalmente por fatores emocionais”, informa a Sesau.