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Capital

"Questões técnicas" suspendem ida de Jamilzinho para presídio de Mossoró

Empresário seria transferido nesta madrugada, mas acabou ficando no presídio federal de Campo Grande

Marta Ferreira e Anahi Zurutuza | 29/10/2019 14:12
Jamil Name Filho continua no presídio federal de Campo Grande. (Foto: Arquivo)
Jamil Name Filho continua no presídio federal de Campo Grande. (Foto: Arquivo)

Prevista para esta madrugada, não foi feita a transferência do empresário Jamil Name Filho, 42 anos, para a penitenciária federal de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A informação foi confirmada pelo juiz em substituição legal na 1ª Vara da Execução Penal, Mário José Esbalqueiro, que autorizou a ida Jamilzinho para o sistema penal federal, depois da descoberta de plano de ataque ao delegado de Polícia Civil Fábio Peró, quando o preso estava no CT (Centro de Triagem) Anízio Lima, em Campo Grande.

A justificativa para a suspensão da operação de transferência foi definida apenas como "questões técnicas". Juridicamente, estava tudo definido para a transferência. Pelo que a reportagem apurou, houve dificuldade em garantir a segurança da operação em voo comercial, como seria feito. A nova data não será divulgada, como é praxe, igualmente pelos riscos apresentados.

Durante a madrugada, no horário previsto para a ida de Jamilzinho, só a Latam e a Azul têm voos marcados, mas ambas não forneceram informações. A apuração da reportagem é de que o preso não estava entre os passageiros do voo da Latam neste horário.

O Depen (Departamento do Sistema Penitenciário), responsável pela operação, não se manifestou. Normalmente, o órgão só fala de transferências quando são concretizadas.

Sem prazo - Com a operação cancelada, Jamil Name Filho continua no presídio federal de segurança máxima em Campo Grande, onde também está o pai dele, o empresário Jamil Name, 80 anos, e os policiais Vladenilson Olmedo, 63 anos, e Márcio Cavalcanti, 60 anos. Pai e filho são apontados como chefe de organização criminosa dedicada a execuções em Campo Grande e os policiais seriam do núcleo de gerência.

Jamilzinho já é alvo em quatro ações derivadas da Omertá, por crimes que vão desde organização criminosa armada até adulteração de sinais de veículos. Ao todo, 22 pessoas foram denunciadas pelos crimes. Desses, 20 estão presos desde 27 de setembro.

Mais cedo, o Campo Grande News havia divulgado a transferência, com base em informações de órgãos de segurança. A matéria anterior já foi corrigida.

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