"Só salvei o celular para chamar o bombeiro", diz funcionário de loja
Casa da Borracha foi totalmente destruída pelas chamas nesta manhã
Aos 18 anos e trabalhando há duas semanas no primeiro emprego na Casa das Borrachas, Douglas Fernandes afirma que viu a loja sendo consumida pelo incêndio, enquanto salvava apenas um celular usado para chamar o Corpo de Bombeiros.
"A única coisa que eu consegui salvar foi um celular que dei para o patrão chamar os Bombeiros", disse.
Ao Campo Grande News ele contou que estava mexendo em uma caixa de som automatismo quando o incêndio começou. O dono da loja, que mora com a família nos fundos, gritou pedindo ajuda para que o garoto chamasse a esposa dele que estava em casa.
Em seguida, com extintores em mãos eles foram até o depósito para tentar apagar as chamas. Mas a tentativa foi em vão. "Só via fumaça preta e muito calor", disse ele ainda muito nervoso com o acontecido.
Lembra que ao ver a situação o patrão pediu para abandonar as coisas e sair correndo da loja, para se salvarem. Funcionários tentaram tirar o máximo de carros que estavam dentro do pátio, restando uma caminhonete que foi consumida pelas chamas.
"Eu me sinto como dono da loja. A gente perdeu tudo. Eu perdi meu emprego", afirmou abalado, mas esperançoso em reconstruir a loja que foi totalmente destruída pelas chamas.
Vizinhança - Do outro lado da rua, Lucas Pacheco, 23, que trabalha no financeiro de uma loja contou que viu que a fumaça começando no fundo da loja, mas "foi tudo muito rápido". "Em três minutos o fogo espalhou por toda a loja. A fumaça era muito preta, não tinha muito o que fazer". disse.
Pelo menos cinco quadras da avenida Fernando Corrêa da Costa permanecem interditadas, devido ao incêndio que destruiu a Casa das Borrachas, no Centro de Campo Grande. Quem precisa passar pelo local deve ficar atento aos desvios.
O trânsito está tumultuado, principalmente no cruzamento da avenida Fernando Corrêa com a Calógeras, onde os condutores precisam desviar para seguir o caminho. Policiais de trânsito estão no local.
Almir Sobreira dos Santos, 42, é serralheiro e contou que estava no Centro indo para casa quando viu a fumaça preta e alta. Ele deixou o carro e foi a pé até o local para ver o que estava acontecendo. Almir lembra que já prestou serviço para a Casa das Borrachas e na hora do incêndio o cheiro de fumaça era muito forte.