Com "floresta" na calçada, moradores reclamam de área insalubre no Carandá

"É insalubre, já viramos melhores amigos do mosquito da dengue". O relato é de moradora da Rua Abias Batista Filho, do Carandá Bosque, região nobre de Campo Grande. A reclamação é sobre um terreno que faz cruzamento com a Rua Mario de Andrade e está completamente tomado por mato e entulhos, ocupando totalmente a calçada e causando problemas com ratos, insetos, dengue e até incêndios para toda vizinhança. Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.

Bruna Pereira, dona de casa de 29 anos que mora na região há mais de cinco anos com dois filhos e o marido, conta que todos já pegaram dengue e atribui o problema ao terreno abandonado. Ela diz que a única limpeza que presenciou neste tempo foi em fevereiro de 2024.

"Eu e outras vizinhas ficamos ligando no 156 por mais de uma semana, até que ele (o proprietário) veio aqui e limpou só a calçada, e quem vive com as consequências somos nós, os moradores"

Na Rua Mario de Andrade, outra rua que o terreno toma conta, a calçada toda é bloqueada, inclusive em volta de um ponto de ônibus. Quem quer andar pela região precisa passar pela rua, já que as calçadas que rodeiam o terreno estão intransitáveis.

"Nós somos obrigados a pagar calçada, e ele, dono de terreno em bairro nobre, não pode limpar pelo menos a calçada? Não tem como andar", relata Bruna.

Outro problema causado pela falta de manutenção e limpeza do terreno são os incêndios. Bruna relata que, em tempos de seca, é comum que o mato pegue fogo. Na área, uma árvore com o tronco danificado por fogo evidencia o problema.

"E se essa árvore cai? Ela já pegou fogo em setembro do ano passado. A gente fica preocupado, é uma situação de insalubridade", explica a moradora.

Na época, o Campo Grande News noticiou o incêndio na árvore e no terreno. Mesmo depois do fogo, pouco mais de um ano depois, a situação voltou a ser precária.

Multa - Conforme o Código de Polícia Administrativa – Lei Municipal n. 2.909, de 28 de julho de 1992 - os proprietários de terrenos sem edificação são obrigados a mantê-los limpos, capinados e drenados, sendo vedada a utilização de queimadas para esse fim. Além disso, a calçada também é obrigação do morador ou proprietário do terreno.

As multas variam de R$ 2.727,50 a R$ 10.910,00. Quem quiser denunciar um terreno sujo pode ligar nos telefones: 156 da Semadur, 3314-9955 da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e no (67) 3325-2567 da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista).

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