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Artes

Gabriel mostra vida zen e a força do instrumento que parece nave

Músico cresceu na natureza e, agora, usa o ambiente para se inspirar

Por Aletheya Alves | 22/01/2025 08:13

Você já ouviu falar em handpan? Esse é um instrumento que, para alguns, se parece com desenhos de naves alienígenas e, ao mesmo tempo, com bacias de alumínio. Usado para criar melodias calmas, ele é um bom exemplo da vida que Gabriel Roque escolheu levar na música: em contato com a natureza e, fora do ritmo ‘maluco’ das cidades maiores, bem zen.

Se apresentando como “Guardião Original”, Gabriel toca um pouco de tudo: o tal handpan (composto por duas meias ‘conchas’ de metal coladas, com um campo de tom central e um círculo de campos de tom no lado superior), violão, flauta e ainda se arrisca na viola de cocho.

Em suas redes sociais, o que chama atenção é a presença da natureza e, é claro, o instrumento fora do comum em Mato Grosso do Sul. Apaixonado por improviso, o músico explica que se encantou com o handpan justamente pela liberdade de criação.

E, com essa abertura permitida pelos sons melódicos e tranquilizantes, é possível entrar na história do Guardião. Dizendo que sempre se entendeu como artista, Gabriel pontua que hoje tem um propósito e direcionamento na música.

“Sempre gostei de natureza e a considero minha maior professora, o vento, a água, o fogo e terra sempre nos ensinando. Cresci no mato desbravando as trilhas e ouvindo o vento, lugares como a Fazenda Igrejinha Ecoturismo, o Sítio Passarim e a pousada Quedas d'Água são minhas maiores inspirações, as pessoas a amizade e toda a natureza”.

Inclusive, Rio Verde de Mato Grosso, cidade em que Gabriel cresceu, tem sido cenário para que as melodias possam nascer. Então, ao invés de ir para estúdios e se fechado por lá para gravar tudo, o jovem escolheu se manter ao ar livre em grande parte do tempo.

“Nas cocheiras e nos belos mirantes de Rio Verde tomando banho de rio e nas estradas de terra do Cerrado Pantanal aprendi a ouvir a voz da natureza, o canto de um pássaro, o voo de uma arara no pôr do sol, e o esturro da onça”, descreve.

Então, ouvindo as histórias que compõem a cidade, seu folclore e lendas conseguiram moldar a personalidade artística.

Já sobre suas inspirações específicas de gêneros musicais, Gabriel cita o blues, jazz, experiências com MPB, rap, hip hop e, diferente de tudo, concertos em igrejas de músicas sacras. Já se voltando aos nomes, Tim Maia, Jorge Ben Jor, Manoel de Barros, Belchior, Tom Jobim e Ventania se encaixam no quadro.

E, voltando para o handpan e aos outros instrumentos em meio à natureza de MS, Gabriel resume que tem se dedicado a resgatar suas raízes.

“Atualmente, estou musicando a Rota Cerrado Pantanal de forma voluntária, conheci o Templo do Pilares em Alcinópolis, um lugar ancestral, magnífico e hoje estou musicando Rio Verde MS e região. Acredito que a natureza é sábia e sabe o que faz”.

Para conhecer mais sobre Gabriel e suas experiências musicais em meio à natureza, seu perfil no Instagram é @gabrielroqueguardiaooriginal.

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