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Capital

Ação preventiva, tapa-buraco 'fantasma' chama atenção nas ruas

Richelieu de Carlo | 24/04/2017 15:22
Trabalhadores realizam operação tapa-buraco na Rua Antônio Maria Coelho. (Foto: Divulgação/PMCG)
Trabalhadores realizam operação tapa-buraco na Rua Antônio Maria Coelho. (Foto: Divulgação/PMCG)

Suposto “tapa-buraco fantasma” feito por equipes de empreiteiras contratadas pela Prefeitura de Campo Grande tem chamado a atenção de moradores, que veem reparos serem realizados onde aparentemente não há buracos. No entanto, a prefeitura explica que se tratam de ações preventivas nos locais onde a pavimentação está deteriorada.

“Trata-se de um trabalho preventivo”, garante o secretário Rudi Fiorese, responsável pela Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos). “Os locais onde o asfalto está todo trincado e, com as chuvas, em um ou dois dias podem virar um buraco, nós já fazemos o reparo como prevenção”.

Quando as equipes de tapa-buraco fazem reparos em um local, nas proximidades é verificado se o asfalto está deteriorado com a possibilidade de surgir uma fissura que pode aumentar em um curto espaço de tempo. Neste caso é feito o remendo numa forma de “ação de preventiva”, segundo Fiorese.

Algo assim aconteceu no domingo (23), quando trabalhadores da empreiteira Equipe taparam buracos na Rua Antônio Maria Coelho, entre as ruas Rui Barbosa e Pedro Celestino, região central da Capital.

Uma moradora deste trecho enviou um vídeo ao Campo Grande News denunciando suposto reparo em buracos inexistentes no local.

Curiosamente, o prefeito, Marquinhos Trad (PSD), acompanhou no local este serviço, durante a manhã, e demonstrou preocupação de que a população pudesse ficar com esta impressão, já que os reparos estão sendo realizados em extensão maior do que os buracos e também em locais em que existem fissuras.

O engenheiro eletricista Angelo Vieira Filho, 61 anos, por exemplo, questionou o prefeito e solicitou que o reparo em alguns buracos fossem maiores, mais do que já estava sendo feito. “Se eu faço isso, as pessoas passam, tiram fotos e dizem que estamos tapando buracos que não existem”, respondeu Marquinhos.

Com a insistência da reclamação, apontando a má qualidade do asfalto, o chefe do Executivo reiterou que o problema só será resolvido definitivamente com o recapeamento, o que ainda não é possível. “Enquanto não temos recursos suficientes, optamos em tapar os buracos”, justificou o prefeito.

Marquinhos Trad ouve solicitações de uma engenheiro eletricista sobre problemas no asfalto. (Foto: Richelieu de Carlo)
Marquinhos Trad ouve solicitações de uma engenheiro eletricista sobre problemas no asfalto. (Foto: Richelieu de Carlo)

Buracos fantasmas – O receio da população com buracos inexistentes sendo tapados, gerando desperdício de dinheiro, se deve por ter acontecido na gestão anterior da prefeitura. Em janeiro de 2015, um vídeo mostrou trabalhadores da Selco Engenharia tapando buraco que não existia. A ação teve grande repercussão na época, levando a suspensão de contrato.

Atualmente, o serviço de tapa-buraco recebe investimento de mais R$ 20 milhões, com a execução do convênio entre Governo do Estado e a Prefeitura de Campo Grande. Esta etapa, que se estende por seis meses, começou com 30 frentes de serviço, mas nesta semana chegará a 35, sendo cinco para cada uma das sete regiões urbanas da cidade.

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