Acesso de MS a banco nacional de balística vai ajudar a solucionar crimes
Equipamento é capaz de fazer imagens microscópicas de resíduos coletados em cenas de crimes

Cada tiro deixa marcas únicas, como uma espécie de impressão digital. O novo equipamento de análise balística de Mato Grosso do Sul vai ajudar a solucionar crimes cometidos com uma mesma arma em diferentes estados do Brasil e até de outros países. O Estado passou a integrar oficialmente o Sistema Nacional de Análises Balísticas e a alimentar o Banco Nacional de Perfil Balístico.
A máquina é capaz de fazer imagens microscópicas de resíduos coletados em cenas de crime e a polícia científica consegue extrair uma espécie do "DNA da bala". Desde junho, foram feitos treinamentos para os oito peritos criminais, que fazem parte do Núcleo de Balística.
Rafaela Flores dos Santos Okuda, perita-chefe do Núcleo, mostrou ao Campo Grande News como irá funcionar o sistema: “A gente vai recolher as duas partes da munição que podem ser comparadas pela perícia: os projéteis, que saem pelo cano da arma, e os estojos, ejetados pela parte traseira das pistolas após os disparos. As informações coletadas, no caso os dados da munição são inseridos no programa e armazenados em um banco de dados, o Sinab (Sistema Nacional de Análise Balística), caso essa mesma arma tenha sido utilizada em outro lugar, vamos conseguir fazer a ligação, porque o sistema indica”, explicou Rafaela.
A perita ainda ressalta que o sistema é recente em MS, chegou no fim de julho deste ano, continua em fase de preenchimento. Entram na lista de prioridades crimes como homicídios, latrocínios, armamentos apreendidos de facções criminosas, entres outros.
Ainda segundo a perita responsável, o tempo de análise pode levar alguns minutos ou até horas porque depende muito de como está a munição.
"O trabalho do perito é indispensável, porque tem que fazer primeiro a análise para inserir na máquina e depois tem que fazer a análise para ver se não dá erro, porque o sistema não dá uma, ele dá várias possibilidades, aí o perito tem que analisar os dados", finalizou.
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