Acumulador improvisa ferro-velho em casa e vizinhos temem dengue
Um morador transformou a casa em um ferro-velho improvisado na rua Antônio Estêvão de Figueiredo, no Jardim Parati, em Campo Grande, incomodando e preocupando os vizinhos diante do risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. Várias pessoas que vivem na região já tentaram acionar a Prefeitura para comunicar o problema, mas reclamam da dificuldade em conseguir efetivar a denúncia.
A professora aposentada Alivertina da Silva Oliveira, 65 anos, vive ao lado do imóvel. A família dela tentou comunicar a situação por telefone. “Está complicado falar com esses órgãos. Hoje mesmo meu filho ligou várias vezes e o número só chamava. Aí eu acho que eles cansaram de ouvir o telefone tocar e tiraram do gancho, porque começou a dar ocupado”, afirma.
Segundo ela, certa vez outra vizinha conseguiu falar com um atendente da prefeitura, que perguntou se havia locais com focos visíveis, o que é difícil de constatar sem ter de invadir propriedade alheia para olhar de perto a situação. Diante da situação, ninguém foi vistoriar o local.
O morador, segundo a aposentada, mudou-se há três meses, quando começou a depositar os materiais no quintal e na parte da frente do imóvel. Como ele sai cedo para o trabalho e volta durante a noite, fica difícil encontrá-lo, diz Alivertina. O Campo Grande News esteve no local nesta segunda-feira (4) e não havia ninguém.
“Nós temos receio de pegar a doença. E temos preocupação com ratos e outros animais peçonhentos. Eu acho meio difícil não ter um lugarzinho que fique água acumulada. É muita coisa nesse local”, afirma.
Segundo a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), borracharias e ferros-velhos também recebem atenção por parte das equipes de combate ao Aedes aegypti e estão sendo vistoriados. Existe uma lei federal que regulamenta a atividade e estabelece, entre outras coisas, que os materiais devem estar cobertos e armazenados em locais onde não contaminem o solo com ferrugem, graxas e óleos.
A respeito da dificuldade de atendimento relatada pela população, não houve retorno até a publicação desta reportagem. Conforme a prefeitura, as pessoas podem acionar o órgão por meio da ouvidoria no (67) 3314-4639.