Adolescente de 15 anos é denunciado por apologia ao nazismo em grupo do IFMS
Estudante encaminhou figurinhas de Adolf Hitler e da suástica em grupo de colegas de curso
Adolescente de 15 anos foi suspenso por três dias após infringir regulamento do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), sob denúncia de apologia ao nazismo. O garoto encaminhou no grupo de WhatsApp figurinhas de Adolf Hitler e também teria feito ameaças aos colegas do curso de Eletrotécnica.
O caso aconteceu em fevereiro deste ano, no mesmo período de outra denúncia que causou polêmica no IFMS: o de ameaças e injúria racial cometidos por estudante de 18 anos contra três colegas, dois deles, negros.
A denúncia de apologia ao nazismo chegou ao Campo Grande News depois que a recomendação do IFMS foi pela suspensão de até três dias do adolescente.
A reportagem teve acesso ao relatório disciplinar feito pelo instituto, no dia 14 de fevereiro deste ano. Em conversa no grupo de Whats “Eletro – 2112”, do curso de Eletrotécnica, o adolescente responde a um comentário sobre mandar “figurinhas do mito” enviando quatro stickers com imagens de Adolf Hitler e da suástica que se tornou símbolo do III Reich e do Partido Nacional-Socialista alemão.
Este conteúdo foi copiado e encaminhado na denúncia, que consta no relatório.
Sem antecedentes de indisciplina no IFMS, a avaliação foi que o adolescente fosse punido com até três dias de suspensão, com base na infração dos artigos 4 e 5 do regulamento disciplinar (XII - Proceder de forma a não ferir a integridade física e moral das pessoas no âmbito do IFMS e IV - Praticar bullying, cyberbullying ou qualquer tipo de discriminação seja social, econômica, etária, de gênero, raça, cor, etnia, orientação sexual, opção religiosa ou de qualquer outra natureza).
A reportagem confirmou a veracidade da denúncia enviada ao Campo Grande News e entrou em contato com alguns pais e alunos, mas ninguém quis falar sobre o assunto.
A informação é que o adolescente não teria se limitado aos stickers no grupo: também teria dito que conseguiu acesso aos dados pessoais dos colegas e pais, os intimidando para que não denunciassem mais o caso.
A assessoria da Polícia Civil confirmou que nenhuma denúncia foi encaminhada para investigação.
A reportagem também entrou em contato com o IFMS para saber se foram tomadas outras providências e aguarda retorno para atualização deste texto.