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Capital

Adolescente envolvido em morte de Kauan não tinha passagem pela polícia

Segundo a polícia, ele confessou que homem de 38 anos estuprou e jogou corpo de menino no Rio Anhanduí

Yarima Mecchi | 24/07/2017 10:53
Viatura da Depca e da Polícia Militar. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Viatura da Depca e da Polícia Militar. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

O adolescente de 14 anos que confessou ter aliciado o Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, e participado do homicídio e ocultação de cadáver não tinha passagens pela polícia. De acordo com a delegada titular da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), Aline Sinnott, está é a primeira vez que o menor se envolve em uma investigação.

Com o envolvimento do menor no crime a Deaij está dando apoio para investigação, comandada pelo delegado Paulo Sérgio Lauretto, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente). "Por conta do envolvimento com o menor, estamos dando apoio ao delegado Lauretto", destacou.

No sábado (22) a delegada titular da Deaij e o delegado adjunto, Bruno Urban, participaram das buscas pelo corpo de Kauan. Aline acompanhou o delegado Laurreto nas buscas pela mata no entorno do rio Anhanduí.

"Nós andamos pela mata com o adolescente em busca do corpo. Ele apontava um local onde o corpo estava, mas não localizamos. O delegado Bruno também foi a Depca nos dar apoio", destacou.

O menor infrator foi apreendido no sábado e ontem (23) encaminhado para a Unei (Unidade Educacional de Internação) Dom Bosco. Ele confessou o crime na delegacia e também a possível participação de um homem de 38 anos. O homem está preso na Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos). 

As buscas pelo corpo de Kauan foram retomadas na manhã desta segunda-feira (24) no rio Anhanduí. Desde sexta-feira (21), o Corpo de Bombeiros faz buscas na margem e nas águas do rio. 

Caminhão do Corpo de Bombeiro na Avenida Campestre. (Foto: Marcus Moura)
Caminhão do Corpo de Bombeiro na Avenida Campestre. (Foto: Marcus Moura)

O crime – Conforme apurou a equipe da DEPCA, Kauan morreu no dia 25 de junho, dia em que saiu de casa para brincar e não voltou.

O testemunho do adolescente, de 14 anos, que teria levado Kauan até a casa do estuprador, norteou a investigação. No início da noite daquele dia, a criança estava a cerca de três km de casa, na Coophavilla 2 – bairro do sudoeste da cidade, onde o suspeito, um homem de 38 anos, mora.

Segundo o adolescente, quando o homem começou a violentar a criança, o menino se debatia, chorava bastante e gritava muito. Por isso, o suspeito pediu para o adolescente segurar o garoto enquanto ele tapava a boca do menino com a mão.


Minutos depois, Kauan parou de se debater e começou a sangrar pela boca. Foi quando o pedófilo e o adolescente constataram a morte, resolveram se livrar do corpo, o colocaram em um saco preto e atiraram no rio Anhanduí.

O suspeito, que diz ser professor, mas seria revendedor de celulares, nega ter cometido o crime. A polícia investiga se ele fez outras vítimas e ainda busca pelo corpo de Kauan, mas já trabalha com a certeza de que o menino foi assassinado.

Segundo relatos de vizinhos, Kauan estava sempre soltando pipa na rua e também cuidava carros no bairro Coophavilla. 

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