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Capital

Adolescente ferido com mangueira piora; família pede doação de sangue

Vitima foi novamente transferida para a ala vermelha do hospital, onde fica os casos mais graves

Yarima Mecchi e Marcus Moura | 14/02/2017 11:33
Mangueira usada para agressão em adolescente. (Foto: André Bittar)
Mangueira usada para agressão em adolescente. (Foto: André Bittar)

O estado de saúde do adolescente de 17 anos que foi violentado com uma mangueira de compressão de ar em um lava jato no dia 3 de fevereiro piorou. De acordo com a assessoria de imprensa da Santa Casa de Campo Grande, o quadro se agravou após os médicos descobrirem uma forte hemorragia interna.

Ainda de acordo com o hospital, na manhã desta terça-feira (14) a equipe médica está preparando o paciente para fazer uma endoscopia e encontrar o ponto exato da lesão. O adolescente está sedado, o estado de saúde é considerado grave.

Segundo uma prima do adolescente, Patrícia Brites, de 39 anos, o jovem precisa de doação de sangue A+. "Ele debilitou de novo, deu febre, começou a vomitar sangue. Deu uma lesão no esôfago dele. O estado de saúde é muito grave, estamos sem saber o que fazer. Quero pedir orações", disse a prima.

O jovem estava em uma ECI (Enfermaria de Cuidados Intermediário) e foi transferido para a ala vermelha do hospital, onde fica os casos mais graves, esta é a segunda vez que o paciente precisa ser lavado para a ala.

Recuperação - Depois de dar entrada no hospital, as 10h15 do dia 3, o adolescente foi direto para a sala de cirurgia, perdeu metade do intestino e ficou internado em estrado grave na área vermelha da unidade e posteriormente foi transferido para uma ECI.

Delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da DPCA. (Foto: Adriano Fernandes)
Delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da DPCA. (Foto: Adriano Fernandes)

Agressão - O caso foi denunciado pelo primo da vítima, de 28 anos. No relato à delegacia, ele disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do local inseriu uma mangueira no ânus do garoto.

Os suspeitos são Thiago Giovanni Demarco Sena, 20, dono do lava-jato e Willian Henrique Larrea, 30, amigo do garoto. A vitima foi levada pelos próprios agressores à Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Tiradentes, e em seguida para a Santa Casa de Campo Grande.

Investigações – O caso é investigado pela DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) como lesão corporal grave. Os agressores estão soltos. De acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da DPCA e responsável pelo caso, a prisão dos acusados não foi pedida por "não oferecem risco a vítima", além de outros fatores.

Ele também reforçou, em coletiva de imprensa que o crime contra o adolescente não teve conotação sexual, portanto é tratado como lesão corporal grave. Uma criança de 11 anos ouvida pela polícia e que disse estar presente alegou que a vítima começou a brincadeira, colocando a mangueira por baixo da porta do banheiro onde Willian estava.

Tanto a mãe da criança, quanto a mãe de um dos acusados, eles mesmo e a mãe e do adolescente ferido confirmaram que brincadeiras 'de mau gosto' entre eles era normal no lava jato, onde a vítima trabalhava há pouco tempo, cerca de um mês.

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