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Capital

Advogada há apenas 6 meses, jovem é presa por ligação com PCC

Aliny Mary Dias e Paula Maciulevicius | 24/05/2013 07:35
Advogada foi presa em casa e levada para delegacia.  (Foto: Marcos Ermínio)
Advogada foi presa em casa e levada para delegacia. (Foto: Marcos Ermínio)
Um dos homens presos sendo encaminhado para delegacia. (Foto: Marcos Ermínio)
Um dos homens presos sendo encaminhado para delegacia. (Foto: Marcos Ermínio)

A advogada Daniela Dall Bello Rondão foi presa na manhã desta sexta-feira (24) durante as ações da Operação “Blecaute” que busca membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). A mulher foi detida em casa no bairro Itanhangá Park, área nobre de Campo Grande.

A advogada estava formada há apenas 6 meses e já é um dos alvos dos 17 mandados de prisão expedidos pela Justiça. A mulher foi encaminhada para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do bairro Piratininga. Interceptações telefônicas mostraram relação bem íntima dela com os presos.

Além de Daniela, uma segunda mulher e um homem também foram presos pelos policiais da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais). O rapaz estava em um imóvel no Jardim Paulista na Capital.

Operação - Entre os mandados de busca e apreensão e prisão, um dos primeiros a ser cumprido foi às 6h20 na Rua União Serra, no Jardim Noroeste. Os policiais vasculharam a casa onde da mulher de um preso. Na residência estava apenas ela e a criança.

A mulher disse à polícia que trabalha como vendedora de roupas. Os policiais buscavam documentos e extratos bancários. Dois vizinhos foram testemunhas dos agentes enquanto eles vasculharam a casa.

Um mandado de prisão seria cumprido na Rua Geometria, no Portal Caiobá, mas segundo a polícia, o procurado não estava na casa.

Conforme apurou o Campo Grande News, as investigações que deram origem à operação começaram em março deste ano depois que o policial militar aposentado, Otacílio Pereira de Oliveira, de 60 anos, foi morto em Três Lagoas.

Desde então, foram expedidos 55 mandados de prisão contra os integrantes, 38 deles estão no presídio de Segurança Máxima e de lá ordenaram o assassinato de pelo menos três agentes da segurança pública, além da execução do PM em Três Lagoas.

Além do Jardim Noroeste e Portal Caiobá, o bairro Mata do Jacinto também será alvo da operação. A partir de investigações feitas a partir de escutas telefônicas e bloqueios de contas bancárias, a Polícia montou um organograma do PCC em Mato Grosso do Sul e conseguiu frustrar a execução de agentes da segurança pública. O plano era de executar um policial militar em Campo Grande e outros dois agentes penitenciários em Corumbá e Paranaíba.

A operação "Blecaute" envolve também a transferência de presos, que atuam na liderança da facção, do presídio de Segurança Máxima de Campo Grande para o presídio Harry Amorim Costa, em Dourados e vice-e-versa.

A operação “Blecaute” é realizada em conjunto entre o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e a Polícia Militar.

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