Advogado diz que operação tem falhas e vai pedir a liberdade de dois presos
Duas pessoas presas na Operação Holambra, podem ser colocadas em liberdade nesta sexta-feira (27), em Sidrolândia, cidade distante 71 quilômetros de Campo Grande.
O cabo Valdir Ferreira e o motorista Diovane dos Santos form dois dos presos na última segunda-feira (24), na operação desencadeada pelo Gaego (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
Segundo o advogado dos acusados, David Moura de Olindo, o juiz Aldo Ferreira (da Auditoria Militar) pode ter cometido um erro ao decretar a prisão provisória dos acusados por 30 dias. “O certo seria por cinco dias, por conta da lei que permite a prisão provisória”.
Conforme ele os crimes de que seus clientes são acusados, descaminho e porte de munição não justifica a prisão por um período tão longo.
Operação - Diovane foi um dos presos na última segunda-feira (24), na operação Holambra. Também foram presos quatro policiais militares e pelo menos dois comerciantes. Um deles, o dono de uma loja de revenda de produtos a R$ 1,99 que foi fechada após policiais e fiscais da Receita Federal terem feito um ‘limpa’ no local.
A Polícia foi até a casa de Diovane para cumprir um dos 34 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. No local encontraram munições de diversos calibres: ponto 50, ponto 762, ponto 44 e a maioria 22.
Diovane, que também é motorista de um jornal de Sidrolândia, foi autuado em flagrante por posse de munições.
O objetivo da ação é desmantelar uma quadrilha de contrabandistas que agia com ‘ajuda’ de policiais militares, os quais recebiam propina para não apreender as mercadorias.
O nome da operação, Holambra, faz referência ao município do interior paulista conhecido pela produção de flores. Em Mato Grosso do Sul, Sidrolândia é conhecida também pelo cultivo de flores.
Total de presos - No total foram presos 23 policiais militares em Mato Grosso do Sul. Dois continuam foragidos.
Oito PMs foram presos na operação Holambra, na segunda-feira, com outras 13 pessoas. Em continuidade, teve início à operação “Fumus Malus” (Fumo do Mal) responsável pela prisão dos outros policiais.
Nas duas operações, foram cumpridos 31 mandatos de prisão. Cinco pessoas estão foragidas. Os PMs suspeitos estão no Presídio Militar de Campo Grande.