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Capital

Ao delegado, tenente admitiu ter bebido 3 cervejas

PM está preso por ter causado acidente que matou a professora Suellen Villela Brasil

Anahi Zurutuza e Geisy Garnes | 04/06/2020 17:34
Pedro Paulo Sperb Wanderley, advogado do tenente, em entrevista na porta da delegacia (Foto: Paulo Francis)
Pedro Paulo Sperb Wanderley, advogado do tenente, em entrevista na porta da delegacia (Foto: Paulo Francis)

Enquanto o advogado Pedro Paulo Sperb Wanderley deixou a 4ª Delegacia de Polícia afirmando que o cliente manteve para a polícia a versão dada ao Campo Grande News, de que não havia bebido antes do acidente fatal na noite do dia 30 de maio, o delegado, João Reis Belo, afirmou que o 2º-tenente, Alexander Nantes Stein, também de 32 anos, admitiu ter ingerido 3 cervejas long neck horas antes do ocorrido.

O oficial da PM (Polícia Militar) está preso por ter causado acidente que matou a professora Suellen Villela Brasil, da mesma idade dele, e prestou depoimento nesta tarde. “Ele detalhou passo a passo do dia dele. Contou que foi a um almoço para comemorar um aniversário de um colega de serviço e saiu de lá por volta das 21h. A intenção dele era viajar ainda naquela noite para Corguinho. Por isso, ele não ingeriu bebida alcoólica”, afirmou o defensor na porta da delegacia.

Na versão da defesa, o cliente não se lembra qual era a velocidade que transitava pela Avenida Gury Marques, mas se recorda que antes de passar por um quebra-molas, o carro que estava na frente dele reduziu muito e por isso, o tenente não conseguiu frear. O advogado afirma ainda que o PM relatou ter tentado desviar para a esquerda, mas também não conseguiu, batendo na traseira do Renault Clio conduzido pela professora, que atravessou o canteiro central da vida e bateu em uma árvore.

O delegado revelou, porém, um detalhe deixado de lado pelo advogado. Alexander Nantes admitiu no depoimento que bebeu naquele dia, mas de acordo com João Reis, disse que ingeriu as cervejas na hora do almoço e depois passou a tarde e início da noite sem fazer uso de álcool.

João Reis Belo, delegado responsável pelo caso (Foto: Paulo Francis)
João Reis Belo, delegado responsável pelo caso (Foto: Paulo Francis)

O responsável pela investigação explica que, de qualquer maneira, o auto de constatação de embriaguez lavrado pelos policiais militares que registraram a ocorrência pesa contra a versão do policial, que deve responder por homicídio culposo na direção de veículo com o agravante de estar alcoolizado.

O delegado espera a conclusão do laudo pericial da cena do acidente para encerrar o inquérito. A velocidade dos veículos e dinâmica do ocorrido serão esclarecidas pela perícia.

Já o advogado diz que aguarda a decisão sobre o pedido de liberdade do cliente até segunda-feira. O PM está no Presídio Militar Estadual, no Complexo Penal de Campo Grande.

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