Após 10 meses com radares desligados, prefeitura abre licitação
Propostas devem ser entregues à prefeitura no próximo dia 6 de novembro
Com os radares fixos desativados desde dezembro do ano passado, a prefeitura de Campo Grande lançou licitação para explorar o serviço e recebe no dia 6 de novembro a proposta das empresas. A vencedora fará a gestão dos radares fixos, lombadas, aparelho mistos (o “olho vivo” dos semáforos) e radar estático portátil (o radar móvel) por dois anos.
De acordo com o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Janine de Lima Bruno, vai ser mantido a média dos radares fixos. A mudança é no radar móvel, com a possibilidade de pagar aluguel por até três equipamentos para a empresa.
Atualmente, a Agetran tem um radar móvel para essa modalidade de fiscalização. Ele afirma que o radar estático portátil só pode ser utilizado por agente de trânsito.
Conforme o edital 12/2017, publicado na edição de hoje do Diário Oficial de Campo Grande, será contratada empresa para prestar “serviço contínuo de gerenciamento dos equipamentos registradores de infrações de trânsito, com registro de imagens, do tipo automático e sensores não intrusivos, radar estático portátil, câmeras para fiscalização por videomonitoramento e talonários eletrônicos de infração nas vias”. O valor da licitação não foi informado.
Os 66 radares fixos e lombadas foram desativados desde dezembro do ano passado, quando venceu o contrato com a Perkons. Já o “olho vivo”nos semáforos deixou de funcionar em abril de 2016. O dispositivo fiscaliza avanço de sinal vermelho, parada sobre a faixa de pedestre e velocidade. Eram 106 faixas de rolamento com essa modalidade de controle.
Finanças - Além do perigo para o trânsito, a desativação dos equipamentos eletrônicos impacta nos cofres da prefeitura. Conforme o Portal da Transparência, a projeção para 2017 era arrecadar R$ 31,9 milhões. Mas até o começo de junho, a arrecadação totalizou R$ 4,6 milhões.
Histórico - Em 2003, a administração das lombadas eletrônicas de Campo Grande passou do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) para a Perkons, que venceu licitação. Na ocasião, o contrato era válido por quatro anos, com valor de R$ 17 milhões. Um novo processo licitatório foi realizado em 2010, com validade até dezembro de 2016.