Após pânico diante de "arma" dentro de escola, moradores cobram mais segurança
Aluno, de 15 anos, ameaçou diretor com arma de brinquedo
Diante do pânico provocado por um aluno com arma de brinquedo, na quinta-feira (23), na Escola Estadual Teotônio Vilela, no Bairro Universitário, moradores reconhecem falta de segurança na região.
No momento em que a equipe chegou na instituição de ensino, uma viatura de ronda escolar estava na porta da secretaria da escola, e uma viatura da Guarda Civil Metropolitana estava do outro lado da rua. No entanto, os vizinhos comentam que não é algo frequente.
A mãe de um aluno, do 1° ano do Ensino Médio, diz que a instituição é boa no quesito educação, mas “peca” na falta de segurança.
“Não que nas outras escolas não aconteça, mas aqui é pior, não tem segurança. Para mim, é tudo resultado da falta de segurança e de serem rígidos neste sentido. Por que ao invés de proibirem calça com rasgo, não proíbem os meninos de entrarem com estilete para a sala de aula, eles falam que é para apontar lápis, mas para isso existe apontador”, opina.
Já conforme o relato de outro morador próximo, de 52 anos, que preferiu não se identificar, ele vê a polícia passando em frente à unidade, mas acredita ser necessário atenção maior para o período da noite.
Ele mora na região há 6 meses e lembra que na semana em que se mudou, assaltaram e assassinaram um aluno na esquina da escola.
O comerciante Levi Pereira, de 69 anos, mora há 40 anos no bairro. De acordo com ele, o colégio já foi mais perigoso, mas conta que, pelo menos uma vez no mês, tem briga no local. Levi diz também que alunos de outras escolas vão até a Teotônio Vilela para brigar e caçar confusão.
"Se tivesse mais policiamento com certeza iria ajudar na segurança", enfatiza.
O caso – Na manhã desta sexta-feira (24), diretor da escola interferiu em briga de estudantes no intervalo e acabou ameaçado de morte por um aluno de 15 anos, que portava uma arma de brinquedo. Eles precisaram ser separados e levados para a coordenação.
O adolescente saiu correndo para um dos corredores, onde o diretor foi em busca do aluno, pedindo para que fosse à diretoria, momento em que o menor sacou a arma da cintura e fez ameaças de morte.
O diretor conseguiu tirar a arma do adolescente, o pegou pelos braços e levou até a sala da direção.
Conforme consta no boletim de ocorrência, o menor continuou com xingamentos e ameaças, dizendo que iria "furar de bala", era do PCC (Primeiro Comando da Capital) e que o diretor amanheceria morto.
A ocorrência foi registrada em ata na escola e na delegacia. Todos os envolvidos foram levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.
Segundo a SED (Secretaria de Estado de Educação), a arma foi retida pela direção e o caso levado à polícia. "Quanto ao estudante envolvido, será aplicado o Regimento Escolar, que prevê desde suspensão até a transferência da unidade escolar", diz a nota enviada.