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Capital

Após polêmicas, vacinação contra a gripe supera a meta e procura continua

Nyelder Rodrigues | 29/07/2016 19:50
Imunização pode ser feita apenas por pessoas que estejam dentro do grupo de risco (Foto: Arquivo)
Imunização pode ser feita apenas por pessoas que estejam dentro do grupo de risco (Foto: Arquivo)

Após polêmicas de desvio de doses da vacinas contra a gripe A em Campo Grande, inclusive apuradas em inquérito na 1ª DP (Delegacia de Polícia Civil) e CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal, a vacinação na cidade superou as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde para imunização da população que se encaixa nos grupos de risco.

Em julho, a vacinação alcançou a marca de 101,26% do total estabelecido como meta, conforme números da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública). No grupo de pessoas com comorbidades, o índice já chegou aos 108,7%, e a prefeitura acredita que mais pacientes desse grupo procure os postos de vacinação para se imunizar.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, as doses não podem ser abertas para pessoas fora do grupo de risco, mesmo com a meta já tendo sido atingida. Por isso, a recomendação é que quem está no grupo de risco e ainda não se vacinou, procure uma das 10 unidades que ainda contam doses. Atenção especial é dado às mulheres que engravidaram e ainda não foram imunizadas.

Ainda existem vacinas disponíveis nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) da Vila Nasser, Aero Rancho, Jardim Macaúbas, Jockey Club, Moreninha III, Vila Carlota, Lar do Trabalhador, Silvia Regina e Coophavila II, além da UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do Nova Bahia.

Crise das vacinas - Campo Grande enfrentou recente crise de falta de vacinas contra a gripe A na rede pública, surgindo denúncias de que cerca de 30 mil doses foram desviadas, além de que várias pessoas que teriam sido imunizadas no gabinete do prefeito Alcides Bernal (PP). A situação mobilizou atenções e contou, inclusive, com registro de boletim de ocorrência em delegacia.

Para justificar o "sumiço", a prefeitura adotou o discurso de que a fornecedora, o Instituto Butantan, enviou apenas oito doses por frascos, que deviam contar com 10 doses. A instituição rebateu veementemente a situação. Posteriormente, servidores indicaram que o sumiço poderia ter sido causado por falhas na manipulação das doses, causando desperdícios.

Além disso, a Sesau passou a afirmar que a SES (Secretaria de Estado de Saúde) não fornecia os devidos lotes que precisava, o que também foi foi rebatido. Após longo imbróglio, a prefeitura conseguiu mais lotes com o Ministério da Saúde, além de mais medicamentos Tamiflu, suprindo a demanda reprimida nas unidades públicas.

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