"Acumulador da Planalto" não é encontrado pela Justiça e MP pede nova prisão
José Fernandes da Silva foi procurado para constituir novo advogado no processo, mas não foi encontrado

Após um oficial de Justiça tentar intimar José Fernandes da Silva para constituir um novo advogado no processo em que é acusado de causar poluição, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu que o homem, conhecido como “acumulador da Planalto”, volte à prisão. Isso porque ele não foi encontrado no endereço informado, descumprindo, assim, as medidas cautelares impostas na decisão judicial que concedeu sua liberdade provisória.
RESUMO
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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul pediu a prisão de José Fernandes da Silva, conhecido como 'acumulador da Planalto', após ele não ser encontrado para intimação. José foi solto em dezembro após ser preso em agosto por poluição, mas não cumpriu as medidas cautelares. Ele construiu um 'barraco' na calçada, causando problemas com lixo e animais mortos. A tentativa de intimação falhou, pois ele não estava nos endereços informados. O pedido de revogação da liberdade ainda não foi analisado.
Conforme documento anexado pelo oficial de Justiça ao processo, no dia 19 de fevereiro, ele esteve na casa onde José residia para entregar a intimação. No entanto, o servidor foi recebido pela esposa do homem, que informou que o acumulador não morava mais no endereço devido a uma medida protetiva que o impedia de se aproximar de uma vizinha.
Alguns dias depois, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul anexou ao processo um possível novo endereço de José, no Bairro Amambaí. O oficial de Justiça foi até o local em 10 de março, porém encontrou apenas um imóvel desocupado. “Informação confirmada por vizinhos comerciantes”, diz o documento.
Diante disso, no último dia 27 de março, o MP decidiu entrar com um pedido de revogação da liberdade provisória de José. No documento, a promotora de Justiça Luz Marina Borges Maciel Pinheiro afirma que o acumulador descumpriu as medidas cautelares diversas da prisão impostas na decisão judicial, uma vez que se encontra em "lugar incerto e não sabido”.
O pedido ainda não foi analisado pelo juiz e, portanto, não houve decisão.
Prisão - Conforme boletim de ocorrência, José havia construído na calçada de sua casa um “barraco” para que os moradores de rua e usuários de entorpecente usassem como abrigo e banheiro, acumulando lixo, restos de comida e alguns animais mortos, o que causava mau cheiro. Os moradores da região já haviam tentando conversar com o autor, mas foram recebidos com violência, agressividade e ameaças, segundo relatos à polícia.
José foi preso em flagrante no dia 13 de agosto do ano passado, por equipes da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) e do Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) que se depararam com grande quantidade de lixo e pedaços de animais mortos.
Dois dias depois ele teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Alexandre Antunes da Silva, que alegou que o homem demonstrava personalidade violenta. No entanto, em 9 de dezembro daquele mesmo ano a juíza Eucélia Moreira Cassal decidiu conceder a liberdade ao acumulador.
A mais recente aparição de José foi no dia 14 de fevereiro deste ano. Na ocasião, ele protestava em frente à casa onde morava na Rua Planalto, sentado em uma cadeira de plástico com uma galinha em cima de uma mesa. Ao Campo Grande News ele chegou a dizer queria continuar aparecendo nas reportagens por conta do dinheiro que, segundo ele, a prefeitura lhe devia.
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