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Capital

Associação promete Escola de Saúde em antigo colégio Oswaldo Cruz ainda este ano

As obras estão sendo acompanhadas pelo Ministério Público Estadual em ação na Justiça

Lucia Morel | 27/05/2022 16:53
Antigo colégio na avenida Fábio Zahran passa por obras. (Foto: Kísie Ainoã)
Antigo colégio na avenida Fábio Zahran passa por obras. (Foto: Kísie Ainoã)

Em andamento, as obras no prédio do antigo Colégio Oswaldo Cruz, na avenida Fábio Zahran, em frente aos fundos do Mercadão Municipal, só devem ser 100% finalizadas em 2023, quando a ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) deve receber a última parcela dos recursos necessários para encerramento da construção.

O impasse e a briga judicial que se travaram pela responsabilidade do espaço entre a associação -  mantenedora da Santa Casa – e a Prefeitura de Campo Grande ainda subsistem, mas a entidade promete, mesmo sem o encerramento total da reforma, que a futura Escola de Saúde prevista para o local será inaugurada ainda este ano.

“Com a segunda etapa em fase final prevista para entrega em junho de 2022, a Escola Saúde da Santa Casa já iniciará o uso do edifício com aulas e cursos técnicos voltados a saúde”, diz nota da entidade ao Campo Grande News.

Muros do local estão quebrando. (Foto: Kísie Ainoã)
Muros do local estão quebrando. (Foto: Kísie Ainoã)

Conforme a Santa Casa, a segunda etapa contempla a recepção principal, sala dos professores, sala administrativa, diretoria, secretária, biblioteca, seis salas de aula, dois laboratórios, banheiros masculino e feminino, além de toda acessibilidade do prédio.

“Para continuidade da restauração, a Associação Beneficente de Campo Grande aguarda o pagamento da terceira parcela, referente ao pagamento dos lucros cessantes pela Prefeitura de Campo Grande, que totaliza cerca de 2 milhões de reais através de precatório com o pagamento previsto para o ano de 2023”, diz a nota.

Justiça – em ação civil impetrada pelo Ministério Público, tanto a associação quanto a prefeitura são cobrados por dar uma destinação ao local, que é patrimônio histórico-cultural.

Placa mostra detalhamentos da obra. (Foto: Kísie Ainoã)
Placa mostra detalhamentos da obra. (Foto: Kísie Ainoã)

O órgão alega que a Santa Casa tem sido omissa em cuidar do antigo colégio e “porquanto não exerce seu dever legal de providenciar a execução dos serviços necessários ou desapropriar o bem, em caso de impossibilidade financeira do proprietário em realizar as obras de reparo e conservação”.

Decisão preliminar do juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos determinou audiência para o último dia 10 de maio, que foi encerrada sem acordo entre as partes. Enquanto isso, as obras no local continuam.

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