Prefeitura e Câmara estudam revitalização de imóveis tombados
Estudo da prefeitura é sobre os imóveis tombados, mas vereadores querem apontar novos prédios para a lista
Imóveis tombados da Capital passarão por um estudo para revitalização e valorização pela Prefeitura de Campo Grande. Os vereadores criaram uma comissão para acompanhar o levantamento e já têm algumas ideias em mente, como o uso dos imóveis por setores da prefeitura, projetos culturais e até desapropriação.
A comissão é presidida pelo vereador Valdir Gomes (PSD). Também fazem parte do grupo os parlamentares Ayrton Araújo (PT) e Ronilço Cruz, conhecido como Guerreiro.
O estudo da prefeitura é sobre os imóveis tombados, mas os vereadores querem apontar outros prédios que fazem parte da história da cidade para entrar na lista do patrimônio histórico e cultural.
Os parlamentares trabalham em um levantamento para, então, realizarem uma audiência pública e discutirem o tema, segundo Valdir.
“O antigo Colégio Oswaldo Cruz, por exemplo, está abandonado. Ali, poderia abrigar um projeto meu de reforço escolar. Vamos fazer esse estudo e discussão para preservar a memória, a cultura e não deixar os prédios abandonados”, comenta o vereador sobre o prédio que, segundo o parlamentar, foi doado à Santa Casa de Campo Grande.
Segundo o vereador Ronilço, alguns prédios não tombados também podem entrar no estudo, como é o caso do Hotel Gaspar, na Avenida Mato Grosso, que apesar de não estar em funcionamento é preservado pelos proprietários.
Outros que os vereadores pretendem avaliar são o prédio que já foi posto de saúde e laboratório central, mas hoje está abandonado na Avenida Calógeras, segundo Valdir, e até um prédio particular na Rua Barão do Rio Branco, que não está abandonado, pelo contrário, abriga uma empresa.
“Vamos conversar com a secretaria de cultura, o órgão responsável pelo patrimônio do Estado e do Município e ver quais foram tombados e quais precisam ser tombados para, então, dar uma destinação, como, por exemplo, a casa na Avenida Calógeras com a Rua Barão, onde hoje funciona uma autoescola. Não temos nada contra, mas ali poderia ser desapropriado para colocarmos um projeto cultural", comenta Ronilço.
O vereador acredita que ali poderia ser uma biblioteca moderna, com gibis, tecnologia, livros, internet, livros em formato digital. "Essa é uma das ideias, mas temos outras que serão discutidas”, destaca Ronilço.
A ideia é “discutir novas finalidades para não destruir o passado e dar o direito às gerações futuras de conhecerem a memórias dos locais e a história de pessoas que passaram e sonharam ali”, nas palavras do vereador Ronilço, entusiasta da cultura e leitura.