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Capital

Aumenta repasse ou assume pronto-socorro, propõe Santa Casa à prefeitura

Nyelder Rodrigues e Christiane Reis | 11/11/2016 20:06
Pronto-Socorro da Santa Casa pode passar para as mãos da prefeitura (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Pronto-Socorro da Santa Casa pode passar para as mãos da prefeitura (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

A Santa Casa de Campo Grande propôs a municipalização do pronto-socorro do hospital em 2017 como opção à prefeitura, caso não seja possível fazer reajuste solicitado no contrato que define o valor das verbas destinadas ao custeio da unidade. A proposta foi feita na tarde desta sexta-feira (11), na primeira reunião para tratar da questão.

O hospital pediu reajuste de R$ 7 milhões por mês sobre os atuais R$ 20,2 recebidos - ou seja, o novo contrato pedido soma R$ 326,4 milhões no ano, contra os atuais R$ 242,6 milhões referentes ao acordo que vence no dia 8 de dezembro.

No encontro, realizado na sede das promotorias do MPE (Ministério Público Estadual) na Capital, participaram o secretário-adjunto municipal de Saúde, Victor Rocha, o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande, que gere a Santa Casa), Esacheu Nascimento, e o secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares.

Quem fez a mediação do encontro foi a promotora Filomena Aparecida Depólito Fluminhan, da 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública. O contrato entre prefeitura - que detém a gestão plena da saúde pública em Campo Grande.

"Prefeitura e Estado vão analisar a questão e elaborar uma contraproposta para a ABCG. Nossa preocupação é sobre a continuidade dos trabalhos e serviços essenciais, por isso foi iniciado com antecedência a discussão sobre o contrato de 2017, frisa o secretário adjunto Victor Rocha.

Dentro dos R$ 7 milhões de reajuste pedidos, R$ 2,5 milhões são referentes aos custos com tratamentos de média e alta complexidade e R$ 4,5 milhões relativos ao déficit atual que há no pronto-socorro.

Assim, a outra opção proposta pela Santa Casa foi a municipalização do pronto-socorro e criação de novo contrato, com valores relativos apenas à média e alta complexidade. Neste, os valores atuais destinados para estes setores - que incluem as cirurgias eletivas - sofreriam acréscimo de R$ 2,5 milhões.

"Vamos analisar tudo e planejar conforme as condições financeiras do município. A situação precisa ser discutida com o prefeito e o chefe da pasta ainda e vamos apresentar essa contraproposta no dia 22 à tarde, também no MPE", explica Rocha.

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