ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 30º

Capital

Prefeitura atrasa repasse e obriga Santa Casa a restringir atendimento

Christiane Reis | 27/10/2016 18:10
Corredor da Santa Casa de Campo Grande; atraso da Prefeitura força restrição no atendimento. (Foto: Arquivo)
Corredor da Santa Casa de Campo Grande; atraso da Prefeitura força restrição no atendimento. (Foto: Arquivo)

Com repasse de R$ 3,25 milhões atrasado por parte da Prefeitura, a Santa Casa de Campo Grande teve de suspender as cirurgias eletivas, aquelas agendadas previamente, nesta quinta-feira (27). São em média 50 procedimentos que deixarão de ser feitos a cada dia.

O valor deveria ter sido pago no dia 15 de outubro. “Estamos com risco de desabastecimento de determinados produtos e, como atendemos urgência e emergência, tivemos de tomar esta decisão”, disse o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Esacheu Nascimento.

Segundo o dirigente da entidade que administra o maior hospital de Mato Grosso do Sul, o atraso no repasse tem ocorrido nos últimos três meses. “Ficamos em situação vulnerável, principalmente com relação aos fornecedores de medicamentos. A situação também atrapalha o pagamento de médicos. Esperamos que a isso seja resolvido logo”.

Caso o município continue atrasando o pagamento, o hospital pode restringir também os atendimentos no Pronto Socorro. O presidente da ABCG diz que aguarda o posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde.

Para se ter ideia da dimensão dos atendimentos por meio do SUS (Sistema Único de Saúde) na Santa Casa, a cada dia são realizadas média de 50 cirurgias eletivas. Os chamados procedimentos gerais, incluindo ambulatórios e PS, variam entre 18 mil a 19 mil por mês.

Somente no pronto-socorro são pelo menos 6 mil atendimentos mensalmente, conforme informou a assessoria de imprensa do hospital.

O problema não chega a ser novidade. A Santa Casa concentra boa parte dos serviços de saúde via SUS em Campo Grande, além de receber demanda vinda do interior do Estado.

Até a conclusão deste texto, o secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, não havia retornado as ligações da reportagem.

Nos siga no Google Notícias