Aviso de massacre com hora marcada mobiliza polícia em escola da Capital
Rede do roteador de Wifi do celular de um aluno da escola indicava que ação aconteceria às 14h40; suspeita é de "brincadeira" para adiar provas
Uma ameaça de massacre na Escola Estadual Professor Emygdio Campos Vidal, no bairro Vila Boas, em Campo Grande, mobilizou uma equipe da Ronda Escolar da Polícia Militar, nesta quinta-feira (28). Alunos e professores foram surpreendidos, pela manhã, com uma mensagem na rede do roteador de Wifi de um dos alunos da instituição que, após ter o nome alterado, passou a se chamar "Massacre14h40".
Segundo apurado pelo Campo Grande News, as aulas na unidade de ensino são integrais e costumam acabar por volta das 16h40. Porém, especificamente hoje, os alunos serão dispensados justamente no horário indicado na mensagem. "Eles [os alunos] teriam prova e, por isso, seriam liberados em seguida", revelou o militar aposentado Ismael Freire, pai de um dos alunos da escola.
Assim como ele, muitos pais foram correndo ao local buscar seus filhos logo depois que o assunto se espalhou pela região. De acordo com o padeiro Aziel Pereira da Silva, que foi ao local buscar a filha, a própria direção do colégio entrou em contato com a mãe da menina para informar sobre o caso.
A reportagem conversou com alguns estudantes, entre 12 e 14 anos - que não serão identificados - que confirmaram a troca do nome da rede de Wifi pela mensagem. Segundo eles, algumas pessoas chegaram a compartilhar o ocorrido em aplicativos de mensagem, o que ajudou a espalhar o ocorrido.
"Alguém sem noção postou e as pessoas começaram a publicar no WhatsApp, começaram a brincar com isso. Na hora do lanche a diretora parou todo mundo e falou o que estava acontecendo", revelou uma aluna.
Apressada, a mãe de um aluno que não se identificou, revelou que muitas pessoas pelo bairro, que não têm ligação com estudantes da escola, ligaram preocupadas, em busca de informações. "Movimentou toda a região", ressaltou.
Dois policiais estão na unidade de ensino e, conforme alunos, uma revista foi feita nas salas de aula e em mochilas. De acordo com o soldado Marco Jedaili, da Ronda Escolar, a situação está controlada. "Revistamos o entorno e tudo indica que foi uma brincadeira de mau gosto de um aluno", revelou.
Entre as suspeitas, está a tentativa de adiar a prova que seria aplicada nesta quinta. Ainda conforme o policial, o suspeito de ter trocado o nome da rede ainda não foi identificado, apenas o IP do aparelho celular. A direção da escola foi orientada a registrar um boletim de ocorrência.