Avó fica com a guarda de crianças que tiveram mãe assassinada em rio
A guarda das meninas de 3 e 6 anos, filhas de Ísis Caroline da Silva Santos, 21 anos, ficou com a avó materna. Conforme o Conselho Tutelar, a criança mais velha estava com uma tia, que decidiu entregá-la para a avó, para não separar as irmãs. Ísis foi encontrada morta em um rio, na região de Ribas do Rio Pardo, depois de ficar seis dias desparecida.
De acordo com a conselheira Andreia Almeida Estevão, que tratou o caso, as duas meninas receberam acompanhamento do Conselho tutelar desde o dia do desaparecimento da mãe, 1º. Uma delas estava com a tia paterna, a professora Silvana da Silva Barino, 32 anos. Já a outra menina de 3 anos, estava sob a guarda da mãe de Ísis.
No início desta semana, a avó conversou com Silvana que permitiu que ela levasse as duas para Três Lagoas, cidade onde mora. "As crianças estão bem, e o mais importante é que vão ficar juntas", explicou Andreia.
No prédio onde Ísis morava com as filhas, vizinhos então em choque com a morte da moça. "Lamento profundamente com o caso da Isis, a filha dela vivia brincando com a minha, e 3 dias antes de tudo isso acontecer tive oportunidade de conhecê-la , inclusive ela fez minhas unhas e me contou todo esse pesadelo que vivia. Estou em choque, sem acreditar , Isis, me lembro do seu olhar, do seu jeito, foi tudo muito recente e tão rápido que não da para acreditar. #triste" citou uma vizinha de Isis Caroline, por meio de uma rede social.
Caso - As duas meninas foram encontradas sozinhas no apartamento por vizinhos na tarde do último dia 2. O apartamento estava todo revirado e trancada. As garotas estavam sem tomar banho, sem roupa de frio e reclamavam de fome.
O avô delas, o pedreiro José Severino, 65 anos, que esteve no local providenciou comida para as netas e um chaveiro para abrir a porta. Ainda no final da tarde, a mãe de Ísis Caroline chegou de Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, onde mora, para acompanhar o caso.
Quatro dias depois, a moça foi encontrada morta, e o ex-marido dela, o pedreiro Alex Arlindo Anacleto de Souza, confessou o crime. Ele está preso e vai responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, e “feminicídio”, este, o primeiro caso registrado em Campo Grande. A pena cumulativa é de 12 a 30 anos de prisão.
*Matéria editada às 10h34, de 15 de junho de 2015, para alteração de informações repassadas pelo Conselho Tutelar.