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Capital

Bandidos queriam levar cada um meio milhão de cofre do Banco do Brasil

Responsável por dirigir caminhão disse que só por essa tarefa receberia R$ 150 mil

Marta Ferreira | 07/01/2020 13:27
Toneladas de terra retiradas para abertura de túnel. (Foto: Pauilo Francis)
Toneladas de terra retiradas para abertura de túnel. (Foto: Pauilo Francis)

Meio milhão de reais, pelo menos, para cada um. É o valor que pretendiam conseguir os homens que tentaram invadir a sala onde fica o cofre da central administrativa do Banco do Brasil, em Campo Grande, em dezembro, por meio de túnel de 63 metros escavado a partir de imóvel vizinho ao prédio. O plano foi descoberto no dia 21, um sábado, houve confronto com policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) e dois bandidos morreram. Um outro foi baleado e mais seis foram presos como participantes da empreitada criminosa.

Se consumado, seria um dos crimes com maior valor já levados no País, já que no local segundo consta de documento oficial costumam ficar guardados mais de R$ 200 milhões. No “assalto ao Banco Central”, como ficou conhecido crime semelhante ocorrido em 2005, em Fortaleza (CE), a quadrilha conseguiu furtar R$ 167 milhões.

A informação sobre o valor que seria partilhado está em depoimento de um dos envolvidos. São nove, considerado também os que morreram, cuja extinção de punibilidade já foi declarada.

Só para dirigir o caminhão usado no crime, um dos presos, Bruno Oliveira de Souza, 30 anos, disse que receberia RF$ 150 mil. Identificado como pedreiro originalmente, Bruno acabou sendo baleado depois de tentar jogar o veículo sobre os policiais, após a descoberta do plano, segundo admite no depoimento dado ao Garras.

Os sete presos se transformaram em réus nesta segunda-feira (6), quando a juíza Luciana Buriasco Isquierdo, durante o plantão do judiciário, acatou a peça acusatória. A magistrada deu 10 dias de prazo para a defesa prévia dos envolvidos.

Sigilo – Além disso, a magistrada também autorizou a quebra de sigilo telefônico dos sete réus. A intenção é identificar outros envolvidos no esquema, como dois homens citados como “Véio” e “Barba”.

Foram denunciados pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul Wellington Luiz dos Santos Junior, 28 anos; Lourinaldo Belisario de Santana, 51 anos; Robson Alves do Nascimento, 50 anos; Gilson Airis da Costa, 43 anos; Eliane Goulart Decursio, 36 anos; Francisco Marcelo Ribeiro, 42 anos e Bruno Oliveira de Souza, 30 anos.

Uma investigação em separado tenta identificar outros envolvidos no crime.

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