Bate-boca e população descontente marcam audiência sobre Lei do Silêncio
Moradores, vereadores e presidente de entidades se reuniram na Câmara
Em meio a um bate boca entre o presidente da Acrissul Chico Maia e o presidente do bairro Jockey Clube Waldemir Poppi, moradores da região no entorno do parque de Exposições Laucídio Coelho reclamam que o debate acerca da lei do silêncio versus shows no local giram apenas em torno de interesses particulares, enquanto a população é deixada de lado.
“O interesse da população ficou a vislumbra do interesse particular. Pela aprovação da lei só votaram o interesse da Acrissul”, disse o morador do Jockey Clube Aron Zimerman ao tomar a palavra na audiência pública sobre a lei do silêncio.
Pouco ante, Chico Maia havia afirmado que durante uma conversa informal Poppi disse a ele que o barulho no parque de exposições diminuiu depois que Maia assumiu o comando da Acrissul. Imediatamente o presidente do bairro levantou-se disse ser mentira tal conversa, citando, inclusive, que consta nos autos do processo que o barulho continuou.
Maia defendeu-se dizendo que pararam com a boate Tozen, que ficava dentro do local, e eventos como Motoroad, para que ficassem liberados os shows da Expogrande e Expoinel.
O vice-presidente da Associação dos Promotores de Eventos Gustavo Corrêa, reclamou da burocracia para se obter um alvará para realização de eventos. Ele disse que certa vez a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) interditou um evento por ele promovido duas horas antes do início.
Gustavo defendeu a discussão entre entidades públicas e privadas para a construção de um espaço adequado para a realização de grandes shows e eventos.
Estão presentes na audiência o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Marcos Cristaldo, os vereadores Paulo Siufi (PMDB, João Rocha (PSDB), Carlão (PSB), Professora Rose (PSDB). O promotor do Ministério Público Estadual Alexandre Raslan não compareceu.