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Capital

Bernal volta atrás e diz que preço da tarifa de ônibus pode subir

No começo da semana, prefeito anunciou que o passe ficaria congelado em R$ 3,25

Paulo Nonato de Souza e Richelieu de Carlo | 25/11/2016 12:38
Alcides Bernal em agenda pública na manhã desta sexta (Foto: Richelieu de Carlo)
Alcides Bernal em agenda pública na manhã desta sexta (Foto: Richelieu de Carlo)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), voltou atrás da decisão de congelar a tarifa do transporte coletivo urbano em R$ 3,25, anunciada por ele próprio na segunda-feira (22). Nesta sexta-feira (25), ele disse que o assunto ainda está em aberto e o passe de ônibus pode ser reajustado com base no índice da inflação.

“Nunca disse que congelaria as tarifas. O que eu disse foi que não haveria aumento, mas pode haver reajuste para corrigir a inflação”, declarou Bernal nesta sexta, em evento de entrega de prêmios do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Tecnicamente, o que o prefeito quer dizer é que reajuste corresponde à reposição inflacionária. Já o aumento é o que estiver acima da inflação.

Mas, não só a imprensa, como a equipe de comunicação do Executivo e até o sucessor dele, Marquinhos Trad (PSD), falaram sobre a tarifa congelada, com base no que disse o prefeito no começo da semana. “Estamos atendendo a um apelo da população, por isso determinei o congelamento do preço da passagem”, diz ele em texto divulgado na terça (22) no site de notícias da Prefeitura.

“Ele atendeu a um pedido nosso, é uma questão de justiça, a população já sofre tanto e ainda vai ter aumento de valor”, comentou Marquinhos em agenda com o próprio Bernal, na segunda.

Nesta sexta, Bernal disse que a questão está sendo avaliada até porque a convenção salarial coletiva dos motoristas das empresas do transporte coletiva está atrelada ao custo da passagem. “A negociação está aberta”, ressaltou.

Conforme recomendação da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos e Delegados), a necessidade é de aumento em 9,5%, o que elevaria o valor para R$ 3,56. O pedido das empresas concessionárias do serviço é de 13%, ou seja, R$ 3,68.

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