Bombeiros fazem simulação de combate a incêndio e socorro em shopping da Capital
Clientes foram impedidos de assistir a ação, que serve de treinamento para bombeiros civis
Nesta terça-feira (23), antes da abertura do Shopping Campo Grande, na Avenida Afonso Pena, uma simulação de um vazamento de gás foi realizada para treinamento de bombeiros civis e outros funcionários de segurança. Ao todo, a mobilização durou cerca de 40 minutos.
A ação ocorreu em uma churrascaria e foram simulados uma explosão e um incêndio, para que as equipes retirassem as supostas vítimas - um homem que usa cadeira de rodas, seu acompanhante e uma mulher grávida, que “desmaiaram”, além de três pessoas que fingiram ter sofrido queimaduras no rosto e braço.
Junto a seguranças do estabelecimento, os atores foram socorridos e colocados em pranchas e cadeiras para serem removidos, enquanto bombeiros usavam mangueiras. O shopping abre às 10h para consumidores, portanto, só havia alguns poucos funcionários de lojas, que foram retirados da área para evitar transtornos.
O Corpo de Bombeiros Militar prestou apoio ao treinamento. O capitão Rodrigo Bueno explica que nove militares foram envolvidos na simulação, que contribui para uma colaboração maior com os funcionários do centro de compras.
“Trabalhamos essa sinergia entre os brigadistas do shopping, que atuam perante um sinistro como esse, e também os bombeiros militares, que vêm dar o suporte e atendimento às vítimas, que supostamente foram acometidas nesse incêndio”.
É importante essa simulação também, porque gera uma dificuldade no resgate dessas vítimas. A gente pode, com certeza, vir a ter que passar um dia nessa realidade. Por isso, o treinamento é fundamental”, diz o bombeiro.
O supervisor de segurança do shopping, Gerônimo Elias da Silva Júnior, explica que esse treinamento é feito anualmente para preparar bombeiros, funcionários e lojistas. “Não queremos isso, mas as pessoas têm que estar preparadas. É preciso condicionar os nossos funcionários a uma possível evacuação, em uma situação de crise”.
O engenheiro civil Carlos Eduardo Chaves Ferreira, de 30 anos, trabalha na escola de formação de bombeiros civis que realizou a simulação e ressalta que a ação visa a preparação dos profissionais de segurança. “Isso é para a gente ter um panorama da visão de como seria a realidade, que é mil vezes pior”.
A cabeleireira Emília Chaves Nunes, de 54 anos, relata que veio assistir a simulação, já que o filho faz parte da equipe de treinamento. “Meu filho veio dar apoio e me chamou para assistir. Dá aquele medinho só na ação, imagina na realidade. É muito importante, porque prepara as pessoas que estão aqui para as coisas que podem acontecer”.
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