Briga por terreno em área invadida termina com tiro e 3 pessoas presas
Em agosto do ano passado, famílias chegaram a ser retiradas do terreno, mas invadiram novamente
Briga por causa de terreno terminou com tiro, batida da PM (Polícia Militar) e três pessoas presas, com idades de 46, 22 e 18 anos. O caso aconteceu na noite de domingo (8), na Rua Lagoa Santa, no Bairro Lagoa Park, em Campo Grande. As vítimas foram duas irmãs de 25 e 27 anos.
Conforme boletim de ocorrência, registrado como ameaça, porte ilegal e disparo de arma de fogo, os envolvidos vivem numa área de comodato de terra, onde moram várias famílias à espera de regularização. O homem mais velho e as irmãs estavam reunidos quando passaram a discutir por causa de terreno. Irritado com a situação, o autor saiu do local dizendo que mataria as irmãs.
Ele, então, foi em seu barraco, se armou com revólver calibre 38 e retornou atirando para cima, na tentativa de intimidar as mulheres. Elas não foram atingidas. Na sequência, com a ajuda da filha e do genro, o autor fugiu de motocicleta. A arma foi escondida na casa de outra mulher, no Jardim Tijuca, onde o revólver foi encontrado.
Os três: pai, filha e o genro foram presos em flagrante e vão passar por audiência de custódia na manhã desta terça-feira (10), para definir se ficarão presos esperando o andamento do inquérito ou se poderão responder em liberdade.
À polícia, o autor dos disparos relatou que comprou a arma há 3 anos, pelo valor de R$ 4 mil de um peão de fazenda, para se defender e defender o seu patrimônio. Relatou, ainda, que mora numa área de invasão e discutiu com um indivíduo, pois ele teria se apropriado do terreno pertencente a sua filha.
Nesta manhã, por meio de nota, a Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) informou que tem conhecimento da ocupação existente na área pública localizada na Rua Lagoa Santa, no Bairro Lagoa Park. No local, 140 famílias foram cadastradas e a selagem foi realizada para conferência. Atualmente, essas famílias aguardam a análise de viabilidade de moradia.
Em agosto do ano passado, cerca de 40 pessoas que ocupavam irregularmente o terreno foram retiradas pela GCM (Guarda Civil Metropolitana).
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