Buracos ressurgem um mês após serem tapados e indignam moradores
A Prefeitura de Campo Grande sequer terminou de percorrer a cidade com o serviço de tapa-buracos e novas crateras surgem perto de remendos feitos há não mais que 30 dias. O problema mostra que o município não está dando conta de consertar as vias da cidade, fazendo a população questionar a qualidade e eficácia do serviço.
Alguns locais estão beirando o intransitável, como a Rua da Divisão, onde moradores tiveram que protestar por melhorias no começo de janeiro. Depois das reivindicações, o tapa-buracos foi feito no trecho, mas, nesta quinta-feira (11), na pista sentido bairro-centro, carros formam fila para transpor uma enorme cratera na rotatória do cruzamento com a Avenida Graça Aranha.
Um cavalete foi colocado para sinalizar o problema, deixando um pequeno espaço para os veículos passarem. “O asfalto é de má qualidade e o remendo também é péssimo”, diz a dona de casa Valdirene Ciríaco, 40 anos.
A situação provoca uma sensação de medo no trânsito. “A qualquer momento eu, como qualquer pessoa, pode sofrer um acidente”.
Para o repositor Nelson Felipe, 38 anos, a qualidade do asfalto da cidade é ruim. “É fino e mal feito. Olha o asfalto de 15 e 20 anos atrás, está começando a se desfazer agora, enquanto o asfalto novo não deveria ter o tanto de buraco que tem”, afirma o trabalhador.
Movimentada – Situação semelhante ocorre na Avenida Ministro João Arinos, que passou por tapa-buraco pelo menos duas vezes e ainda assim as crateras voltam a aparecer. Em frente ao Garras, na pista sentido saída para Três Lagoas, o intenso tráfego de veículos abriu uma fenda profunda ao lado de um remendo.
“O asfalto de Campo Grande com certeza é ruim, não sei se devido ao tempo, se está velho ou se foi mal feito. Várias vezes eu já vi buraco ao lado de remendo. Acredito que se o buraco abriu do lado do remendo, o serviço não foi bem feito”, afirma o mestre de obras Edmar Cândido, 40 anos.
Na opinião dele, do jeito que a situação está, o município nunca vai dar conta de solucionar o problema que hoje está em todas as regiões da cidade. “Eles acabam de tampar e já ressurge de novo”.
Para o técnico de montagem Joaquim Carvalho, 50 anos, o material que a prefeitura usa nos remendos deve ser ruim, por isso eles cedem.
“Eles jogam uma capinha de massa e logo depois passa um carro e afunda. Deveria ter uma manutenção preventiva, pois isso aí provoca muitos acidentes. São tantos buracos que nós ficamos indignados, pois pagamos tantos impostos”, diz o trabalhador.
O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura para falar sobre o assunto, mas até a publicação desta reportagem não houve retorno.