Buracos voltam a tomar conta de ruas do Centro, 1º alvo de força-tarefa
Os buracos cobertos pela força-tarefa criada pela Prefeitura Municipal em parceria com a Águas Guariroba, há 13 dias, já se estão abertos novamente por conta das chuvas dos últimos dias. O problema pode ser constatado, principalmente, na região central de Campo Grande. Os motoristas colocam a “culpa” no material de baixa qualidade.
Na Rua Rui Barbosa, quase esquina com a Avenida Fernando Corrêa da Costa, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) teve de sinalizar um buraco com um cavalete, alertando sobre o obstáculo. Parte de uma das três faixas está interditada e os condutores precisam fazer zigue-zague para escapar, o que aumenta mais ainda o risco de acidentes.
Na Rua Padre João Crippa não é diferente. Quase chegando ao cruzamento com a Avenida Afonso Pena é possível encontrar cerca de cinco buracos que atrapalham o fluxo de veículos.
Mas, o buraco que mais chama a atenção fica localizado no cruzamento da Rua 14 de Julho com a 26 de Agosto. As duas vias são corredores de ônibus do transporte coletivo e o serviço está sendo oferecido sem qualidade e conforto, devido às trepidações durante a viagem, segundo os usuários.
A pensionista Conceição Maria dos Santos, 70 anos, não economiza palavras para mencionar a grande quantidade de buracos, fechados recentemente, mas que já estão abertos novamente. “Acho que o material que eles utilizam para tapar os buracos é porcaria, não é possível. Fizeram um serviço para amenizar a situação, mas para mim não fizeram foi nada”, comentou.
O motorista de van, José César, 59, disse que os prejuízos são grandes. “Sou motorista há 30 anos e nunca vi a cidade deste jeito. O pior é quando chove a gente não consegue enxergar os buracos, daí é só despesas com pneu, rodas e suspensão”, destacou.
Ele “joga” a responsabilidade na crise política que a Capital vem enfrentando há alguns meses. “Tudo isso por conta de uma briga política que nunca acaba, quem sofre é a população que paga seus impostos. Lá onde moro, nos Moreninhas, está cheio de buraco também, sendo que moram dois vereadores que não fazem nada por nós”, apontou.
A comerciante Thaís Niza Marques, 18, que trabalha na banca de revistas em frente ao buraco da 26 de Agosto com a 14, falou que sempre escuta o barulho de carros caindo no buraco. “Faz um barulho muito alto e dá até dó dos motoristas. Acho que é um transtorno imenso para eles”, salientou.
Mesma opinião compartilhada pela secretária Divina Aparecida Gomes Rodrigues, 42. “É um descaso total com a população, principalmente com os motoristas, que são os que mais reclamam. Está difícil e quem perde somos nós”, concluiu.
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