Buscas na empresa dos Name é acompanhada por 5 advogados
Sede da Pantanal Cap é vasculhada há quase 3 horas; empresa será lacrada por decisão da Justiça
As buscas na sede da Pantanal Cap, no Bairro Itanhangá, em Campo Grande, são acompanhadas por “batalhão” de operadores do Direito. Desde que a equipe de reportagem chegou ao local, pelo menos 5 advogados apareceram para entender o que estava acontecendo. Todos entraram no prédio e só um deles saiu.
O primeiro a chegar, por volta das 7h30, foi Áureo Garcia Ribeiro Filho. Ele é nomeado na Assembleia Legislativa em cargo de assessor técnico legislativo do Gabinete da Presidência, consta no Portal da Transparência da Casa de Leis. Ao chegar, disse apenas que é advogado do deputado estadual Jamilson Name e foi enviado para acompanhar o trabalho da Operação Omertà na empresa.
Logo depois, advogado que se apresentou como Ricardo Pereira e disse defender Cinthya Name Belli, sobrinha de Jamil Name, chegou à sede da Pantanal Cap. A cliente dele foi presa na segunda da fase da Omertà, em junho deste ano, e segundo a defesa dela à época, Chyntia trabalha como “secretária” da família Name.
Ao deixar o prédio, Ricardo disse que desta vez, a sobrinha de Name não é alvo. “Ela não está envolvida, não tem nada em desfavor dela, mas vim aqui porque ela está no local e é o trabalho dela. Estão fazendo buscas e analisando o que vão apreender. Não sei o que vão levar”.
Por volta das 8h20, o terceiro advogado chegou ao local, mas não quis se identificar. Por último, às 8h40, Rafael Silva de Almeida e Roberto Cunha, estes sim se identificaram como representantes da Pantanal Cap, entraram no prédio.
Fim decretado - Não é a primeira vez que a força-tarefa vai ao prédio da Pantanal Cap, mas agora, por ordem judicial, a empresa será lacrada. Conforme apurou o Campo Grande News, a Justiça decretou o encerramento das atividades do empreendimento da família Name, que, conforme as investigações, não só trabalha com títulos de capitalização, mas é usada para coordenar o jogo do bicho.
As buscas no lugar começaram por volta das 6h. Equipes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos Assaltos e Sequestros) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) vasculhavam o local. Cerca de três horas e meia depois, por volta das 9h30, o delegado Fábio Peró também passou a trabalhar na análise de documentos.
Antes das 10h, promotora do Gaeco saiu do imóvel e pediu ajuda a policiais para arrombar uma gaveta.
A operação – A Omertà voltou às ruas de Campo Grande nesta quarta-feira (2) para cumprir 13 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão. Ainda não foram divulgados quem são os alvos das ordens de prisão, mas conforme apuração da reportagem, são pessoas que fazem funções de coordenação no jogo do bicho em Campo Grande. A sexta fase da força-tarefa ataca gerentes da atividade ilegal.
Gaeco e Garras estão ainda na casa de Jamilson Name, também no Bairro Itanhangá. O deputado é filho de Jamil Name, que está preso desde outubro do ano passado na Penitenciária Federal de Mossoró (RN) e é apontado como o líder de milícia armada responsável por execuções em Campo Grande.