Câmeras são esperança para fim de pichação no centro da cidade
A instalação das 22 câmeras que irão monitorar o centro da cidade é a esperança das autoridades para acabar com a ação de vândalos que picham muros e portas de lojas e sujam a imagem do comércio. Enquanto os equipamentos que custaram R$ 890 mil não chegam à cidade e a lei aprovada no ano passado não é regulamentada, a cidade convive com os rabiscos de pichadores.
Não é difícil encontrar marcas dos vândalos em portas, muros e em prédios de vários metros de altura. Na loja de calçados Kebec, localizada na Rua Dom Aquino, a marca está bem na entrada, no muro principal do local.
A gerente, Leide Abílio, explica que o estabelecimento desistiu de retocar as pinturas em razão da frequência das pichações. A última pintura foi no fim do ano passado e logo depois de a loja ficar pronta, os vândalos entraram em ação.
“O dono desistiu de pintar, logo depois que reformamos eles picharam e resolvemos não gastar mais dinheiro. Nós sabemos que fica feio para a imagem da loja, mas é muito complicado”, diz.
A mesma situação se repete na loja da Ótica Diniz, na esquina da 14 de Julho com a Maracaju. Os pichadores picharam a fachada do local e contribuem para sujar a imagem do estabelecimento. Bancas de jornais, muros em reforma e principalmente portas de ferro das lojas.
Para pôr fim ao problema, o comandante da Guarda Municipal, coronel JonysCabrera, explica que rondas são feitas durante a noite, mas a esperança mesmo está no projeto da vigilância do centro, que só deve ser colocado em prática no segundo semestre, com a instalação de 22 câmeras.
“Nós estamos trabalhando com o que temos em mãos, fazemos as rondas com motos e carros e temos preocupação com locais como a Orla Morena e os prédios públicos. A esperança são as câmeras que irão vigiar o centro e inibir a ação dos vândalos”, diz Cabrera.
Prisão? Quando alguém é pego em flagrante pichando um local sem autorização, a atitude tanto da Polícia Militar quanto da Guardar Municipal é levar a pessoa até uma delegacia. Mas como na maioria das vezes os adolescentes se envolvem com a pichação, não há o que fazer, todos são liberados e os itens usados no vandalismo apreendidos.
Uma lei que prevê punições rigorosas para quem for pego pichando foi aprovada pela Câmara de Vereadores em outubro do ano passado. O projeto de lei n° 7.397, de autoria de Eduardo Romero e Otávio Trad (ambos do PT do B), ainda não foi regulamentado pela Prefeitura da Capital e é um dos entraves para acabar com o problema.