“Canaleta” de motoristas de aplicativo gera briga por serviço ilegal
Grupo de conversa para repassar corridas particulares cobra R$ 30 por mês para usuário continuar participando

O jeitinho brasileiro não perdoa nem mesmo os aplicativos de corrida. Em Campo Grande, motoristas que utilizam as plataformas para conseguir corridas criaram o sistema de viagens particulares. Há mais de três anos o grupo “Particular 24 horas” funcionava normalmente como ‘canaleta’, canal de rádio de comunicação do aplicativo Zello, muito usado pelos motoristas enquanto dirigem.
“A gente fazia as chamadas lá e quem está na chamada certa pega. Tem as regras, onde todos jogam suas corridas e pegam, e ninguém ganha nada com isso, só o motorista que está indo fazer a corrida e o passageiro sendo bem atendido. Porém, nesse mês o senhor Rosaldo, dono do grupo, estipulou que a partir do dia 20 quem quisesse ficar no grupo (canaleta) teria que pagar R$ 30”, disse um motorista indignado.
Segundo ele, o valor cobrado por mês para 40 motoristas gera um salário mensal de R$ 1,2 mil para o administrador do canal. “Um serviço não legalizado, clandestino e sem benefício nenhum de contrapartida para os motoristas. Ele quer cobrar em cima de quem ele se diz ser os parceiros”, lamenta.
A taxa para usar o canal por dia é de R$ 1, conforme explicado pelo administrador. “Eu passo o dia inteiro correndo atrás de particular. Será que alguém se colocou no meu lugar? Eu passo o dia inteiro correndo atrás de particular. E eu passo ouvindo muita coisa. Eu não passo um ou dois particulares por dia. Eu passo é 24h. Ninguém quer ficar atendendo telefone 24h. Ninguém entende a forma que eu trabalho. Toda hora alguém vem me criticar. Vamos levar esse canal a sério”, pontuou Rosaldo na justificativa enviada na canaleta. Confira abaixo.
A discussão passou para as redes sociais. No grupo do Facebook “Motoristas de Aplicativo Campo Grande – MS” a briga continuou. Um dos ‘ex-parceiros’ questionou a postura de Rosaldo, que foi inflamada por pessoas contrárias e a favor da cobrança. Veja.
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