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Capital

Candidatos consideram provas de Matemática e Ciências fáceis "para quem estudou"

Ao todo, eles enfrentam 90 questões de Ciências da Natureza e Matemática em até 5h de prova

Por Natália Olliver e Murilo Medeiros | 10/11/2024 16:21
Candidatos entrando na universidade para a prova do Enem, neste domingo (Foto: Juliano Almeida)
Candidatos entrando na universidade para a prova do Enem, neste domingo (Foto: Juliano Almeida)

Candidatos que prestaram a segunda fase do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), neste domingo (10), classificaram a prova como possível, de conteúdo fácil, mas "só para quem estudou". Ao todo, eles enfrentam 90 questões de Ciências da Natureza e Matemática em até 5h de prova. Houve quem chegou atrasado e quem ficou de fora por estar sem a documentação exigida.

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Candidatos que realizaram a segunda fase do Enem neste domingo (10) consideraram a prova como possível e de conteúdo fácil para quem está com os estudos em dia. Apesar de alguns desafios, os estudantes relataram que a prova exigia principalmente interpretação e que o tempo foi suficiente para finalizar as questões. Alguns destacam a necessidade de uma preparação mais dedicada, principalmente em relação aos conteúdos abordados nas escolas públicas.

Na saída da Universidade Uniderp, localizada na Rua Ceará, a estudante Ana Carolina Marques de Oliveira, estudante de terceiro ano do ensino médio, prestou a prova para psicologia, mas aceita o curso que conseguir com a nota obtida no exame.

“Mas dependendo da nota eu vou ter que fazer o que vier. Como eu não sou de exatas, até que não estava muito difícil. Mas para quem é, para quem manja, estava de boa. Eu achei a de hoje mais fácil até para ler, porque na primeira era muito texto, não dava para ler e ainda tinha redação para fazer”. Apesar de não achar a prova impossível, as expectativas para a estudante estão baixas.

Raphaela Palmeira da Silva prestou a prova como treino. Aos 16 anos, ela comenta que não achou as questões exageradamente complexas.

“Eu achei que o nível não é tão complexo para quem realmente se dedica nos estudos. Então quem tem uma rotina de estudos, acho que se dá bem. Lógico que tem coisas que são pegadinhas, que podem te atrapalhar, mas eu achei tranquilo de modo geral”.

Estudante, Raphaela Palmeira da Silva, prestou a prova do Enem como teste (Foto: Murilo Medeiros)
Estudante, Raphaela Palmeira da Silva, prestou a prova do Enem como teste (Foto: Murilo Medeiros)

Na segunda etapa ela conseguiu terminar a prova mais rápido que na primeira e acrescenta que conseguiu administrar o tempo. “Eu achei que realmente não dava, mas eu consigo administrar bem o meu tempo. Então eu acho que você estudando, treinando a sua leitura, você consegue ler e resolver. Porque tem questões muito grandes”. O objetivo é cursar Direito no futuro.

Um ano mais velha, com 17 anos, Lara Carvalho explica que esta não é a prova que vai definir o futuro dela e que não teve condições de estudar neste ano, pois precisava trabalhar.

“Ano que vem eu creio que eu vou fazer para valer mesmo, sem o empecilho de trabalhar. Vou me organizar melhor. Eu achei as questões de química difíceis. Agora, as questões de matemática que tinham mais interpretação, eu consegui fazer. A biologia eu achei aceitável. Mas as questões de física não estavam tão difíceis também, era mais questão de você interpretar”.

Lara Carvalho ressalta que não conseguiu estudar muito para o Exame deste ano (Foto: Murilo Medeiros)
Lara Carvalho ressalta que não conseguiu estudar muito para o Exame deste ano (Foto: Murilo Medeiros)

A jovem chegou a fazer cursinho no início do ano, mas precisou abandonar. O sonho é fazer Enfermagem ou Medicina. “Não estou muito otimista, mas eu espero que venha uma nota boa, porque eu vou colocar em todo e qualquer lugar a minha nota. Aqui, para fora, em Dourados”.

Nilton Gabriel Graciano, com 17 anos, lamenta que as escolas públicas não consigam ensinar todo conteúdo exigido no exame. “Infelizmente, as escolas públicas não nos ensinam isso. Algumas coisas ali são tranquilas, mas outras coisas que estão ali, não. As escolas não ensinam”.

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