Capital fica de fora e perde recurso para reúso do Hotel Campo Grande
Capital perdeu para São Paulo (SP),Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR) na definição de liberação de recursos
O prefeito de Marquinhos Trad (PSD), sem disfarçar a insatisfação com a notícia, admitiu nesta tarde: Campo Grande perdeu para São Paulo (SP),Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR) na definição de liberação de verba para projetos de adequação de hóteis fechados para moradia popular. Aqui, a ideia era reaproveitar o Hotel Campo Grande, fechado há 20 anos.
“O ministério já escolheu, e não foi Campo Grande”, disse o prefeito, durante agenda na tarde desta segunda-feira. Estava se referindo ao Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável pelo Pró-Moradia, que entre as linhas de investimento, tem uma específica chamada Retrofit, para ocupação de prédios como o Hotel Campo Grande. O valor envolvido era de R$ 40 milhões.
Quando veio a público, a proposta gerou muita polêmica. Chegou a ser dito que se faria no prédio do fim dos anos 1960 um "favelão urbano".
O projeto - Orçado em R$ 38 milhões, o projeto previa unidades habitacionais, com menos de 30 metros quadrados. No térreo, funcionária um setor de atendimento da prefeitura, além de uma base da Guarda Municipal no Centro. A maquete projetada inclui a figura do poeta Manoel de Barros na fachada em concreto aparente do hotel.
O nome seria "Menino do Mato", titulo de uma das últimas obras do escritor falecido em 2014. Dos R$ 38 milhões pleiteados, R$ 25 milhões seriam destinados para as obras arquitetônicas e R$ 13 milhões para pagamento da desapropriação do prédio. A verba toda seria do Pró-Moradia, que tem a linha chamada Retrofit, justamente para projetos arquitetônicos envolvendo prédios abandonados em centros urbanos.