Capital tem só 8% dos leitos de hospital disponíveis nesta terça
Entre todos os tipos de leitos, nas principais unidades de saúde a lotação é de quase 92%
Entre 551 leitos clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) disponíveis nas principais unidades de saúde em Campo Grande, apenas 46 estavam desocupados até a manhã desta terça-feira (24). A reportagem levantou a quantidade de estrutura disponibilizada - seja para covid-19 ou não - e verificou que aproximadamente 91,7% estão ocupados.
Segundo boletim da SES (Secretaria Estadual de Saúde), 80% dos leitos de UTI da macrorregião de saúde da Capital - que engloba municípios próximos - estão em uso.
O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) disponibiliza 90 leitos clínicos ou de UTI, e 76 estão ocupados. Mais da metade (42) são de pacientes com covid-19.
A “Unidade Trauma” da Santa Casa de Campo Grande tem dois leitos de UTI disponíveis entre 10 leitos, e apenas um leito clínico disponível entre seis. Esses dados são referentes até a manhã de hoje (24). Entre os 70 leitos de UTI destinados para o tratamento da covid-19 entre adultos, há apenas sete desocupados na Santa Casa.
A situação do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian é mais crítica. Contabilizando todos os setores, os 226 leitos e enfermarias estão indisponíveis até o fechamento desta matéria.
Hospitais privados - No Hospital El Kadri, entre as UTIs, 10 pacientes ocupam todas as unidades destinadas à covid-19, e oito em todos os leitos “não covid”. Já entre as enfermarias, há 16 pacientes com covid-19 e 12 nos não destinados ao coronavírus - há uma e seis vagas, respectivamente, nesses dois setores.
De acordo com boletim mais recente, divulgado na tarde de ontem (23), o Hospital Unimed Campo Grande dispunha apenas uma vaga em meio aos 28 leitos de UTI destinados à covid-19 e quatro disponíveis entre os 43 leitos clínicos destinados ao tratamento dessa doença. Além disso, havia apenas uma vaga disponível entre as 10 unidades coronarianas, duas disponíveis entre os 24 leitos cirúrgicos e quatro entre os 26 clínicos gerais.
A reportagem solicitou dados da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Mato Grosso do Sul) mas aguarda resposta.