Capital teve pelo menos 5 sequestros este mês e nenhum suspeito preso
A população de Campo Grande está assustada. O número de sequestros-relâmpago nos últimos dias tem causado pavor em quem simplesmente anda pelas ruas da cidade.
Foram pelo menos cinco casos só no mês de setembro. Por “sorte”, em nenhum dos crimes o resultado foi a morte da vítima, mas o medo e a sensação de impunidade permanecem, porque também em nenhum deles os criminosos foram presos.
No dia 10 deste mês, uma estudante de odontologia, de 22 anos, teria sofrido um sequestro relâmpago, quando saía de uma festa no 21 Music Bar. Ela disse à polícia que só conseguiu se livrar dos bandidos mordendo um deles.
De acordo com o delegado Gustavo Ferraris, da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), o crime está sendo apurado, mas as informações repassadas pela vítima foram inconsistentes e ainda estão sendo confirmadas.
No dia 24, outra estudante sequestrada. Seliccia Silva de Dezborowski, 21 anos, contou ao Campo Grande News que estava entrando no carro estacionado na avenida, em frente a universidade, quando foi abordada por um homem que disse que estava armado.
Ele a obrigou a entrar no carro dela, e segundo a jovem, dentro do veículo a enforcou até que desmaiasse.
Por volta das 5h do dia seguinte, a polícia encontrou o carro da moça, um Gol Geração 4, no bairro Monte Sião. O veículo estava abandonado. Celular e dinheiro dela não foram localizados. Ainda não há informações sobre o suspeito de ter cometido o crime.
“Até agora nada, nem sinal, só conseguiram imagens deles. A minha única esperança era achar o bandido para que ele não fizesse novas vítimas, mas o que podemos fazer diante disso? nada. A polícia disse que não tem estrutura para trabalhar, então a gente entende que eles ficam de mãos atadas. Mas quanto mais o tempo vai passando, fica mais difícil”, diz a vítima.
Outros três casos semelhantes foram registrados no dia 14, 24 e ontem a noite, também sem nenhum suspeito preso.
Na Polícia Civil, as delegacias responsáveis pela investigação deste tipo de crime são o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos e Resgate, Assaltos e Sequestros), Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) e Defurv ( Delegacia Especializadade Furtos e Roubos de Veículos).
Delegados das três unidades, Fabio Peró, Ivahyr Luiz de Campos e Gustavo Ferraris, informaram ao Campo Grande News que todos os casos registrados estão em investigação, que há suspeitos, mas que detalhes só podem divulgados quando a coleta de provas e os inquéritos forem finalizados.