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Capital

Carro de ex-vereador morto foi levado para o Paraguai, diz delegado

Delegado-geral afirma que Land Rover foi visto em cidade da fronteira ontem pela manhã

Anahi Zurutuza e Guilherme Henri | 22/09/2016 16:43
Delegado-geral durante assinatura de contrado do Sigo (Foto: Guilherme Henri)
Delegado-geral durante assinatura de contrado do Sigo (Foto: Guilherme Henri)

A Polícia Civil tem informações de que o carro do ex-vereador Alceu Bueno, assassinado na noite de terça-feira (20), em Campo Grande, foi levado para a fronteira. O Land Rover Freelander 2 foi visto em uma das cidades do interior de Mato Grosso do Sul que faz fronteira com o Paraguai, segundo o delegado-geral, Marcelo Vargas, que não deu mais detalhes.

O local onde o corpo foi encontrado, acredita o chefe da Polícia Civil, no Jardim Veraneio, próximo ao Parque dos Poderes, foi escolhido justamente por ser próximo às saídas da cidade. Para o delegado-geral, a dupla que aparece na filmagem de câmera de segurança de um condomínio ateando fogo no cadáver, pegou a estrada em fuga logo depois da desova.

O Land Rover foi visto na fronteira, no início da manhã de quarta-feira (21), quando também o corpo foi encontrado.

Em entrevista durante a assinatura do contrato do Sigo (Sistema Integrado de Gestão Operacional), Vargas explicou, sem detalhar, que investigadores trabalham com seis hipóteses para a motivação do crime. “O que ainda não encaixou no quebra-cabeça é o porquê de colocarem fogo no corpo, o motivo da crueldade”, afirmou. Bueno teria sido morto por estrangulamento.

Mais detalhes – O empresário e ex-vereador foi capturado e morto na noite de terça-feira, possivelmente logo após sair da empresa dele, o Depósito Bueno, na avenida Coronel Antonino – no norte de Campo Grande. Mas, o cadáver carbonizado foi encontrado por volta das 6h de ontem (21).

O delegado Edilson dos Santos, que comanda a investigação do assassinato, já havia afirmado que não descarta qualquer hipótese para o motivo da morte do ex-vereador, inclusive de que esteja ligada ao escândalo de exploração sexual envolvendo a vítima.

Questionado sobre a possibilidade de “queima de arquivo”, o titular do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) disse: “por enquanto, não tem nada que indique isso. Mas, nada poder ser descartado e a linha de investigação vai surgir com a apuração, nos próximos dias”.

Inquérito para apurar homicídio doloso e ocultação de cadáver foi aberto. 

Local onde corpo carbonizado, depois identificado como sendo o de Alceu Bueno, foi encontrado (Foto: Fernando Antunes)
Local onde corpo carbonizado, depois identificado como sendo o de Alceu Bueno, foi encontrado (Foto: Fernando Antunes)
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