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Capital

Causa de incêndio no Atacadão foi "fogo proposital", indica perícia do local

Um dos laudos sobre o sinistro foi entregue nesta quarta-feira à Polícia Civil

Marta Ferreira | 04/11/2020 14:27
Loja do Atacadão dias depois do incêndio em 13 de setembro, quando foi feita vistoria no local. (Foto: Divulgação Sesau)
Loja do Atacadão dias depois do incêndio em 13 de setembro, quando foi feita vistoria no local. (Foto: Divulgação Sesau)

Por exclusão, a perícia técnica apontou ter sido “fogo proposital” a causa provável do início do incêndio de grandes proporções na loja do Atacadão em Campo Grande, na Avenida de Duque de Caxias, no dia 13 de setembro.  O laudo do local do sinistro foi entregue nesta quarta-feira (4) à 7ª Delegacia de Polícia Civil, onde o caso é investigado.

Com esse resultado, não quer dizer que foi um incêndio criminoso, intencional, deixou claro o delegado responsável Bruno Urban. Segundo a explicação dele, os levantamentos técnicos não identificaram a presença de indícios de curto circuito ou alguma combustão espontânea, por exemplo, e por isso sugerem que alguém, de forma culposa ou dolosa, provocou a chama.

Com isso, a análise para achar a origem fica mais complexa ainda. Pode ter acontecido de tudo até o fogo começar, na fileira quatro do atacadista, onde ficava a gôndola de álcool em gel.

O delegado fala, em hipótese, que até alguém falando ao celular próximo do material inflamável pode ter sido o responsável, sem saber, pela faísca que provocou o fogaréu.

Se for identificada essa pessoa, ela pode ser indiciada por incêndio culposo.

Imagens são essenciais – Além do laudo de local, que buscou causa “física” para o incêndio nos escombros, falta ainda o levantamento da perícia nas imagens coletadas das câmeras. Esse documento vai demorar até 180 dias, segundo o Campo Grande News já havia informado na coluna Jogo Aberto.

São 11 gigabytes a serem destrinchados para ajudar na elucidação da causa das chamas. Por causa dessa quantidade tão grande de material, foi solicitada pela perícia técnica ampliação de prazo de conclusão de laudo.

A investigação do maior incêndio em Campo Grande nos últimos tempos exigiu a montagem de equipe com engenheiro ambiental, engenheiro eletricista e físico.

O delegado Bruno Urban explicou que, além de identificar a causa do incêndio, também a investigação também é para saber sobre como funcionou o esquema de combate ao sinistro.

Entre os bombeiros ouvidos, pelo menos um disse que os sprinklers não funcionaram, informou a autoridade policial. Essas são estruturas que jogam água no local para combater incêndios.

De acordo com Urban, foram ouvidas 12 testemunhas sobre o fogo. A evidência que o sistema para apagar logo o fogo não funcionou é o fato de o chão estar seco quando as primeiras equipes chegaram.

A loja está sendo reconstruída e a previsão do Atacadão é de voltara funcionar em janeiro de 2021.

(Matéria editada às 15h49 para acréscimo de informação)

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