CCR quer reduzir em 40% mortes na BR-163; rodovia mata 9 por mês
Com a média de 9 mortes e 118 acidentes por mês em 2014, a BR-163 é a grande vilã entre as rodovias que cortam Mato Grosso do Sul. A empresa responsável pela manutenção e duplicação da via desde abril deste ano pretende reduzir o número de mortes em 40% pelos próximos cinco anos.
Os dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal) não são nada animadores. Nos primeiros sete meses desse ano, a rodovia já matou mais que nos últimos quatro anos. Foram 64 mortes de janeiro a julho, uma média de 9 óbitos por mês. Nos últimos anos, a BR-163 vem tirando vidas de dezenas de motoristas e passageiros.
Para reduzir os números, a CCR MSVia anunciou, nesta quinta-feira (25), que vai executar uma série de ações e que o objetivo final é reduzir em 40% as mortes pelos próximos cinco anos. A ideia é integrar ações de engenharia, educação e fiscalização nos trechos que mais matam.
Conforme o gestor de interação com o cliente, Keller Rodrigues, o PRA (Programa de Redução dos
Acidentes) foi apresentado em julho desse ano à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e entre as mudanças está a correção de trechos críticos, aplicação de reforço na sinalizaçã e campanhas de segurança.
A estratégia da empresa inclui ainda mensagens em faixas fixadas em pontos críticos e também tachões, conhecidos como “olho de gato”, nas pistas para impedir ultrapassagens indevidas. No próximo dia 18 de outubro, a CCR promete colocar em prática o serviço de socorro mecânico e médico, distribuído em 17 bases ao longo da rodovia.
Números - O excesso de velocidade é uma preocupação diante dos acidentes que mataram 64 pessoas de janeiro a julho desse ano. O balanço da PRF mostra ainda que em sete meses foram registrados 826 acidentes na via. Nas colisões, 175 pessoas ficaram feridas gravemente e 368 com lesões leves.
Durante todo o ano passado, a BR-163 matou 49 pessoas e 1.007 mil acidentes foram registrados. Além das mortes, 168 pessoas se feriram de forma grave e outros 390 tiveram lesões leves.