Chuva alaga ONG e deixa moradores da região em alerta
A forte chuva desta manhã alagou as instalações da ONG (Organização Não Governamental) Cica – Centro de Integração da Criança e Adolescente, localizada no Bairro Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, em Campo Grande. A situação sempre já se tornou recorrente em época chuvosa, no entanto, conforme o coordenador do projeto, Mário de Freitas, o início das obras do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) na região agravou o problema.
“Já virou uma novela. Sempre chove forte alaga tudo por aqui e piorou muito depois que as obras do PAC 2 começaram no Córrego Bálsamo”, contou. Ele disse ainda que desta vez a chuva não causou tanto estrago, mas que em fevereiro deste ano a ONG chegou a perder aparelhos eletrônicos e material pedagógico por conta do nível em que a água chegou. “Por isso, estamos sempre sob alerta”, garantiu.
A preocupação se estende aos moradores da proximidade. Ruas paralelas ao Cica também ficam alagadas e as calçadas não são suficientes para deter a água que sempre acaba invadindo as residências. A dona de casa, Greicy Kelly Souza ramos, de 22 anos, mora na localidade há cinco anos e confirma que as obras do PAC 2 acentuaram o caos. Ela conta que o combinado com a prefeitura era os moradores serem transferidos para um loteamento no Bairro Moreninha antes do inicio da revitalização na área do Bálsamo.
“Mas começaram antes de nos mudarmos e antes das obras não havia tanto alagamento”, explicou Greicy. A jovem contou que ontem acordou com a água invadindo sua casa. “E isso me preocupa porque tenho uma filha de quatro anos e a gente nunca sabe a que nível a água vai chegar”, disse.
O pedreiro Eder Abreu Burema, de 32 anos, mora em frente ao Cica e afirma que as ruas da região ficam intransitáveis neste período do ano. “Não dá para passar nem de carro, nem de bicicleta, aliás, de forma alguma”, explicou. Além disso, em decorrência de tanta chuva, várias valas e buracos surgiram no asfalto colocando em risco a vida de quem transita no bairro. “As vezes os carros chegam a cair nos buracos”, exemplificou o pedreiro.