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Capital

Chuva dá trégua e famílias voltam a frequentar parques e praças da Capital

Flávia Lima | 17/01/2016 13:32
Os primos Emilly, Mateus e Michel se divertem no escarregador na Praça Ari Coelho. (Foto:Gerson Walber)
Os primos Emilly, Mateus e Michel se divertem no escarregador na Praça Ari Coelho. (Foto:Gerson Walber)
A dona de casa Mari Boscadin mora próximo a praça Ari Coelho e aproveita para utilizar os equipamentos de ginástica. (Foto:Gerson Walber)
A dona de casa Mari Boscadin mora próximo a praça Ari Coelho e aproveita para utilizar os equipamentos de ginástica. (Foto:Gerson Walber)

Após quase um mês de chuvas intensas na Capital, os parques da cidade voltaram a ganhar vida neste final de semana, com as famílias que aproveitaram o sol, mesmo tímido, para levar as crianças e retomar os passeios de domingo.

A trégua das chuvas representou um alívios para os pais, que nas últimas semanas se desdobraram para criar atividades que distraíssem os pequenos, ainda em férias, sem gastar muito.

Foi o que tentou fazer a dona de casa Janice Gresler, que já estava sem alternativas para distrair o filho João Carlos, de 4 anos. A família mora no Conjunto União e reclama na região não tem área pública destinada às crianças, o que obriga a locomoção para o Centro da cidade.

A praça escolhida foi a Ari Coelho, onde pelo menos dez crianças faziam a festa na manhã deste domingo (17), no parquinho infantil.

Mesmo com apenas um filho, Janice conta que barra as idas aos shoppings, mesmo nos dias chuvosos, para evitar o consumismo. “Quando a gente vai, acaba gastando além do esperado. Nós também preferimos os programas ao ar livre. É mais saudável”, ressalta.

Apesar de morarem em casa, ela conta que foi difícil driblar a energia do filho nos últimos dias. “Chega uma hora que nem o videogame e a televisão resolvem”, revela.

Para aproveitar a estiagem, que ela acredita que que será curta, o casal pretendia ainda levar João Carlos para brincar em um parquinho infantil já próximo de Terenos. “É um lugar ótimo, com brinquedos de madeira e não é tão longe”, ressalta.

Quem também sofreu com os netos presos em casa devido as chuvas foi a salgadeira Helena Maria de Melo, que aproveitou a estiagem para ir até a praça Ari Coelho, acompanhada pelos netos Mateus, 10 e Emilly, 3 e pelo bisneto Michel 10.

Com o tempo chuvoso, ela conta que a única programação possível era o futebol, improvisado na varanda da casa, no Bairro Rancho Alegre. “O problema é que meu marido queria dormir à tarde e com o barulho era impossível”, conta.
Faltando ainda duas semanas para o início das aulas dos netos, ela ainda recebeu a visita do bisneto Michel, que mora em Dourados.

“Ele sempre vem para brincar com os primos, mas acabou ficando preso”, diz. Sem opção, restou para as crianças o videogame, que também já estava causando tédio. “Eles tem energia e querem sair para brincar”, conta rindo.

Mas não eram apenas as crianças que aproveitaram o ensaio do sol para tomar um ar puro neste domingo. A aposentada Mari Boscadin, que utilizava os equipamentos de ginástica da praça após duas semanas de chuva, conta que as chuvas alteraram sua rotina, que passou a fazer os exercícios apenas na academia ou em casa.

"O problema é que com a chuva às vezes não dava vontade de sair. Sem falar que praticar atividade ao ar livre é bem melhor", destaca.

Já no Parque das Nações Indígenas, ponto de encontro das famílias no fim de semana, a assessora jurídica Isabella Silveira, mãe das gêmeas Sofia e Luiza, de 9 meses, levou as meninas para passear enquanto aproveitava a caminhada.

Mesmo ainda bebês, a  mãe revela que as filhas ficaram agitadas e com dificuldade para dormir durante as semanas de chuva devido a falta dos passeios rotineiros. "Quando saímos para passear elas ficam mais calmas e dormem melhor", diz.

Conservação - O único alvo de reclamação dos pais foi o estado de conservação dos brinquedos da praça Ari Coelho. Apesar de a areia ter sido removida e hoje o local contar com piso emborrachado, as gangorras, balanços e o escorregador estão em má conservação, com partes danificadas, obrigando os pais a ficarem o tempo todo perto dos filhos para evitar acidentes.

É o caso do escorregador. Sem uma das alças laterais de apoio, os pais precisam ficar ao lado do brinquedo para evitar queda da criança. "É uma pena estar assim porque é uma das maiores praças do Centro e sempre tem muita gente", diz Janice Gresler.

Já no Parque das Nações Indígenas, as chuvas chegaram a formar criadouros do mosquito da dengue, mas os frequentadores ouvidos neste domingo pelo Campo Grande News disseram que não observaram nenhuma situação de risco e elogiaram a limpeza do local.

"Está tudo organizado e não vi nenhum possível criadouro, mas, pro precaução, passei repelente nas meninas", diz Isabella Silveira.

A gêmeas Sofia e Luiza, de 9 meses, curtem o sol neste domingo no Parque das Nações indígenas. (Foto:Gerson Walber)
A gêmeas Sofia e Luiza, de 9 meses, curtem o sol neste domingo no Parque das Nações indígenas. (Foto:Gerson Walber)
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