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Capital

Cigcoe apreende bomba e afirma que família correu risco por 15 anos

Francisco Júnior e Mariana Lopes | 30/04/2012 18:23
Policial sai da casa carregando a caixa com a munição. (Foto: João Garrigó)
Policial sai da casa carregando a caixa com a munição. (Foto: João Garrigó)

Policiais da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) apreenderam o artefato militar encontrado por uma moradora da rua Cinco, no bairro Nova Campo Grande, na Capital. A bala de canhão foi achada há 15 anos durante a escavação de uma fossa e desde então estava em poder da família.

Durante todo esse tempo, os moradores correram risco, alertaram os policiais.

Eles chegaram ao local por volta das 17 horas, retiraram os moradores de dentro da casa e isolaram a área. Os PMs seguiram à risca o procedimento internacional determinado pela ONU (Organização das Nações Unidas). O artefato foi recolhido e colocado em uma caixa preta.

O subcomandante da Cigcoe, major Vagner Ferreira da Silva, explica que a família corria o risco com o artefato dentro da casa. Segundo ele, a munição tem raio de letalidade de 20 metros. “Pois a explosão é uma substância química e não dá para avaliar em que situação estava esse explosivo, já que tomou sol, chuva e já foi manuseado”, disse.

Conforme o major, o próximo procedimento é rastrear a munição a fim de identificá-la e depois neutralizá-la. “È uma peça de artilharia e o sistema de ignição está intacto. Pode ser que tenha falhado ou alguém tenha pego e retirado o explosivo”, explicou.

De acordo com o subcomandante, o artefato é muito antigo e não foi localizado nos catálogos internacionais de munição. Uma reunião com Exército será realizada para tentar identificar do que se trata.

A dona de casa Jerusa Pereira dos Santos, de 40 anos, que encontrou o artefato, disse que desde que ficou sabendo que se tratava de um explosivo, ficou bastante preocupada, a ponto de mandar a filha para a casa da irmã. “Hoje vou dormir sossegada”, disse aliviada.

O caso veio à tona quando por volta das 11 horas de sábado, o operário José Ronaldo de Souza Ferreira, 26 anos, encontrou outro artefato durante uma escavação. Ele disse que como não sabia o que era, lavou o artefato e mostrou para outros funcionários da obra.

“Fui e lavei. Não sabia o que era. Fiquei desfilando com ela não mão”, relatou. O explosivo foi detonado no próprio terreno, ainda no sábado.

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