Com dívidas, família de criança com síndrome rara corre risco de ser despejada
Além da menina de 7 anos, a diarista tem outros filhos e tenta negociar dívida da casa
Preocupada, a diarista Fabiani Alves Seles, de 38 anos, diz que está prestes a ser despejada da casa onde vive no Jardim Noroeste. Na última semana, ela recebeu uma notificação da Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) para deixar o local onde mora e a principal preocupação é com a filha de 7 anos que tem síndrome de West, microcefalia e paralisia cerebral.
Com broncoaspiração, a criança se alimenta somente por líquidos desde o nascimento e toma medicamentos para evitar convulsões. Além disso, precisa de um espessante de água para que possa consumir todos os nutrientes necessários e se alimentar melhor.
De acordo com a mãe, caso a menina não consiga melhorar as condições de alimentação, terá de utilizar uma sonda para ingerir os alimentos. Fabiani mantém os três filhos trabalhando como diarista e com o benefício de R$ 1,3 mil da Loas (Lei Orgânica de Assistência Social).
A diarista diz que atualmente nenhum dos três pais dos filhos ajuda com as despesas das crianças, um deles é morador de rua.
Quanto à casa onde vive, Fabiani tem até a próxima segunda-feira para quitar uma pendência de R$ 750 junto à Agehab (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários). Nesta semana, ela foi até a agência para renegociar as dívidas da casa onde mora. “Peguei recentemente um empréstimo de R$ 10 mil no banco para me manter. Estou quitando tudo ainda. A prefeitura disse que minha dívida total é de R$ 872, mas que caso eu tivesse os R$ 700 à vista conseguiria quitar”, destacou.
Fabiani vive no local desde 2019 e está preocupada com a possibilidade de ser despejada da casa. Na ocasião, a mãe de Hadassa conseguiu o imóvel após a antiga moradora não quitar as pendências com o programa de habitação do município, a partir daí assumiu as parcelas do imóvel.
Segundo ela, caso o pagamento esteja em dia, as parcelas custam aproximadamente R$ 110, em caso de atraso, o valor sobe para R$ 140, custos que não pode arcar neste momento. “Entre pagar a casa ou alimentar meus filhos, eu não tenho dúvidas que vou alimentar eles, a casa eu consegui renegociar uma vez e estou tentando agora novamente”, finalizou.
Procurada pela reportagem, a Agehab informou que a moradora foi atendida recentemente, justamente para buscar a renegociação da casa em que vive. Sem acerto até o momento, as negociações serão mantidas e Fabiani deve ser atendida nos próximos dias novamente.
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