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Capital

Comunidade Homex terá rede de esgoto e água até junho, diz prefeita

Comunidade vai receber nove quilômetros de rede de água e 12,6 quilômetros de rede de esgoto

Por Idaicy Solano e Clara Farias | 16/03/2024 16:00
Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), assina e oficializa obras de esgoto e saneamento no Homex (Foto: Clara Farias)
Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), assina e oficializa obras de esgoto e saneamento no Homex (Foto: Clara Farias)

Obras de esgoto e saneamento básico na comunidade Homex, situada no Jardim Centro-Oeste, região sul de Campo Grande, vai receber nove quilômetros de rede de água e 12,6 quilômetros de rede de esgoto para atender cerca de cinco mil moradores da comunidade. Segundo a prefeitura Adriane Lopes (PP), as obras se iniciam na segunda-feira (18), com prazo de 90 dias para conclusão, ao custo de R$ 8 milhões.

Durante o lançamento da obra, neste sábado (16), equipes da Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), estiveram no local para fazer ou regularizar o cadastro fundiário de cerca de 1,5 mil famílias, além do cadastro para a tarifa social de água. Durante o primeiro mês de consumo, após o término das obras, todos os moradores beneficiados terão as tarifas zeradas.

O evento também teve sorteio de prêmios para os moradores, programação especial para as crianças com pipoca e algodão doce e a a posse do novo diretor-presidente da agência de habitação, Cláudio Marques.

A aposentada Romilda Rodrigues Carneiro, 74, aproveitou para garantir um desconto nas futuras tarifas de água e esgoto. Atualmente, ela tem acesso a água apenas por meio de uma vizinha que mora na região. "Eu acredito que vai melhorar muito quando a rede de esgoto passar e vai melhorar ainda mais quando a rede de energia chegar”.

Romilda aproveitou a ação para garantir o direito à tarifa social de água (Foto: Clara Farias)
Romilda aproveitou a ação para garantir o direito à tarifa social de água (Foto: Clara Farias)

Romilda já tem planos para o barraco onde mora, e conta que comprou material para construir uma casa de alvenaria. "Meu filho tinha comprado um terreno na Homex, paguei 15 mil pelo terreno e só depois descobri que era uma ocupação irregular. Já comprei tijolo, areia, tudo para poder construir a minha casa".

A aposentada Sonia Joseco, 70, chegou às 12h40 para o evento, que estava marcado para às 13h30, para o direito a tarifa social. Ela mora junto com a filha e três netas. “Eu já fiz o cadastro da Emha, agora vai ser uma oportunidade muito boa quando regularizar. É bom porque agora a gente tem a nossa casa né, o nosso lar".

A chegada da rede de esgoto também simboliza a realização do sonho da doméstica Cleide Rocha Santos, 57, de regularizar a moradia.

"A vinda da água e luz vai fazer o perrengue acabar. A gente fica dependendo da água dos outros, eu pego água do vizinho, quando a água da rua acaba, acaba a de todo mundo. E uma casa sem água, é uma casa sem nada, porque sem luz a gente até fica, agora sem água não”,diz.

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), disse que a regularização é um processo que envolve várias etapas, e adiantou que as próximas comunidades a serem beneficiadas com a parceria entre o executivo e a Águas Guariroba são a Aguadinha e a Só por Deus.

Posse - Durante o evento, o então secretário-adjunto da Emha, Cláudio Marques, deixou a antiga função para assumir a posição de diretor-presidente da pasta. Durante a posse, ele afirmou que vai trabalhar para viabilizar a construção de novas unidades habitacionais e adiantou que existem mais três contratos de regularização fundiária previstos para serem assinados.

Cláudio Marques deixa a função de secretário-adjunto para assumir o cargo de diretor-presidente da Emha (Foto: Patrick Rosel/Emha)
Cláudio Marques deixa a função de secretário-adjunto para assumir o cargo de diretor-presidente da Emha (Foto: Patrick Rosel/Emha)

Comunidade Homex - A comunidade abriga, desde 2013, cerca 1,5 mil famílias em condições irregulares de moradia. Em março do ano passado, a Prefeitura de Campo Grande sancionou lei que garantiu a regularização fundiária da área.

No local, a agência de habitação iniciou os trabalhos de georreferenciamento, levantamento topográfico e finalizou a selagem das moradias, além da captação da documentação necessária para a abertura dos processos individuais de regularização fundiária. A expectativa é de que todo o processo seja concluído até o final deste ano.

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