Consultoria contratada vai avaliar projeto de término do Belas Artes
Centro construído na avenida Ernesto Geisel está inacabado depois de 26 anos do início
A prefeitura de Campo Grande contratou uma consultoria com o objetivo de concluir o Centro de Belas Artes, erguido na avenida Ernesto Geisel e até hoje inacabado. O serviço será para elaboração de relatório das ações já feitas por lá e o que ainda precisa ser construído, conforme o contrato divulgado nesta quarta-feira (20) no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).
Parado há pelo menos 4 anos e já com R$ 10 milhões consumidos, o Centro de Belas Artes, na área que um dia já foi anunciada como futura rodoviária da cidade, a obra foi inciada há 26 anos.
O contrato, conforme está descrito no Diogrande, é para "levantamento, dimensionamento, atualização orçamentária, elaboração de detalhes construtivos, visando o término das obras do Centro Municipal de Belas Artes das 1ª e 2ª etapas".
Só este serviço terá duração de 90 dias e custará R$ 180 mil. O documento não traz quanto precisa para terminar o empreendimento. Assinam o convênio o secretário de Infraestrutura, Rudi Fiores e José Albuquerque de Almeida Neto, que em consulta à internet, aparece como sócio da CTEC Engenharia.
A reportagem tentou contato com a coordenadora de projetos da prefeitura, Catiana Sabadin, e o com o secretário de Infraestrutura, mas as ligações não foram atendidas.
No começo da gestão, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) havia afirmado a possibilidade de concluir a construção do espaço com uma PPP (Parceria Público Privada). O projeto prevendo parcerias com a iniciativa privada foi aprovado na Câmara Municipal e pode ser uma das alternativas para o término.
Histórico - Inicialmente, a previsão de entrega do centro, sob promessa de aumentar o leque de opções culturais do campo-grandense, quando concluído, era o segundo semestre de 2012. O projeto teria um investimento total de R$ 28,8 milhões e cerca de R$ 10 milhões já foram investidos nas duas etapas. O Belas Artes previa ter espaço para exposições de arte, apresentações de teatro, música e cinema, entre outras atividades.
Ainda conforme a prefeitura, existe garantido cerca de R$ 8 milhões frutos de dois convênios federais, mas que representam somente 10% de todo o empreendimento.