Corregedor cobra “máxima brevidade” para envio de provas sobre delegados
Na operação, constam citações sobre as relações da família Name com delegados da Polícia Civil
A Corregedoria da Polícia Civil pede, “com a máxima brevidade”, que a Justiça autorize o compartilhamento de prova da operação Omertà, que investiga milícia e grupo de extermínio em Campo Grande.
Segundo o corregedor-geral, delegado Jairo Carlos Mendes, a medida é para “subsidiar procedimento no âmbito administrativo nesta casa censora”. A corregedoria é a responsável por investigar denúncias de irregularidade contra integrantes da Polícia Civil.
Conforme divulgado pelo Campo Grande News, há interceptações telefônicas em que delegados são citados por investigados. Há ainda trechos que falam da influência da família Name com delegados do primeiro escalão. Jamil Name e Jamil Name Filho são investigados, suspeitos de liderar grupo de milicianos.
Na operação Omertà, também constam citações sobre as relações da família Name com delegados da Polícia Civil. Um deles prestava serviços regulares. Porém, a relação poderia ter sido prejudicada por conta de trote do policial civil Marcio Cavalcanti, preso na ação, acusado de integrar o núcleo de apoio do grupo.
Em outro trecho, Jamil Name Filho foi recepcionado por policiais do 1ºDP (Distrito Policial) de Ponta Porã, com escolta digna de presidente dos Estados Unidos. A operação Omertà foi realizada em 27 de setembro e prendeu 19 pessoas.
A operação foi realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), força-tarefa da Polícia Civil que investiga execuções na Capital, Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) Batalhão de Choque e Bope. Omertà é um código de honra da máfia italiana, que faz voto de silêncio.