Cratera em ponte já dura 3 meses e risco para travessia continua
Ponte era um dos acessos da região do Pioneiros para a Avenida Guaicurus e está danificada há três meses
A ponte danificada na Rua Rivaldi Albert, no Bairro Jardim Morenão, em Campo Grande, segue causando transtornos e atrasando a viagem de motociclistas, ciclistas e pedestres. O local está com cratera aberta pelas chuvas de verão há cerca de três meses. A via é importante acesso da região do Pioneiros para a Avenida Guaicurus na região sul da Capital.
A reportagem do Campo Grande News flagrou, em 20 minutos, cerca de 20 pessoas correndo riscos na calçada que resistiu às chuvas. O local está com trânsito interditado desde fevereiro. Além disso, a antiga ponte tem galhos, folhas e entulhos no buraco.
A Prefeitura de Campo Grande foi consultada. Em nota, informou que "a ponte passará por obra nos próximos dias e será realizada a limpeza do canal, do tubo e pavimentação".
O vendedor ambulante Adaíno Calderan, de 74 anos, foi um dos que passaram pelo local. Conta que a via é um acesso importante para visitar as filhas e ir ao trabalho.
"É o caminho mais perto, porque eu moro no Jardim Colibri e minha filha mora aqui próximo. Compensa mais passar pela ponte quebrada do que dar a volta perto do cemitério", explica Adaíno.
Vendedora que preferiu não se identificar transita pelo local e desce de ônibus na Avenida Guaicurus. "É mais perto, como se fosse um atalho. Eu uso o caminho para passar, porque o ônibus para na Guaicurus, moro na rua acima".
Ela complementa que não sente medo de caminhar pela passagem. "Eu sinto medo pela rua não ter movimento. Fora isso, acho bem tranquilo".
Quem se depara com o acesso bloqueado e deseja ir à Avenida Guaicurus em segurança tem de ir pela Rua Gaspar de Lemos e fazer uma volta de 2 km. Esse caminho é pavimentado. Já pela Rua dos Gonçalves ou pela Rua dos Pereiras, parte do trecho é de via sem pavimentação.
Reclamação de motociclistas - O cobrador José Miguel da Silva, de 50 anos, também alegou que a rota pela Rua Rivaldi Albert é mais rápida. "Eu sempre crio uma rota na minha cabeça, faço o centro e venho para essa região, esse é o caminho mais rápido".
Ele ressalta que à noite e em dias chuvosos, evita de passar pelo local. "À noite e em dia que está com muita chuva, eu não passo. Só tem retorno perto da Avenida Gury Marques e perto do Museu José Antônio Pereira, por isso prefiro passar aqui".
O vigilante Judá Esteves de Sousa, 30 anos, opinou que se fosse em um bairro da região nobre, o problema já teria sido resolvido. "Como é para cá, está há mais de três meses assim". Outra reclamação relatada envolve o lixo de entulhos e galhos acumulado no local.