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Capital

Crime faz um ano com outra morte, suspeitos soltos e sem mandante

Renan Nucci e Francisco Júnior | 25/06/2014 13:08
Crime faz um ano com outra morte, suspeitos soltos e sem mandante

A morte de Paulo Magalhães completa um ano nesta quarta-feira (25). O delegado aposentado e professor universitário de 57 anos foi atingido por disparos de pistola em frente à escola da filha, por volta das 17h40, no Jardim dos Estados em Campo Grande. Até o momento o caso não foi solucionado e dois suspeitos estão soltos.

No início das investigações presididas pela DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), foram presos José Moreira Freires, de 40 anos, guarda municipal que teria sido o autor dos disparos, e o segurança Antônio Benitez Cristaldo, que supostamente pilotava a moto utilizada na ação.

O terceiro envolvido, Rafael Leonardo dos Santos, 29 anos, foi encontrado morto sem cabeça, braços e pernas, próximo ao lixão na saída para Sidrolândia. A identificação foi feita por exame de DNA.

Em matéria publicada pelo Campo Grande News no dia 12 de dezembro de 2013, a polícia alegou que o mandante não foi identificado porque os suspeitos presos não estavam contribuindo com as investigações. Freires ainda é apontado como possível pistoleiro do Jogo do Bicho e que a execução custou R$ 500 mil. As autoridades também afirmaram ter conhecimento de que Magalhães denunciava promotores, juízes estaduais e “coisas que aconteciam no presídio federal”.

Crime faz um ano com outra morte, suspeitos soltos e sem mandante

O advogado dele, Renê Siufi, afirmou hoje (25) que o cliente não teve qualquer participação na execução de Paulo Magalhães e delitos correlatos, e, inclusive, estaria contribuindo com a Justiça. “Ele não colocou qualquer obstáculo diante dos investigadores”, disse alegando que havia mais suspeitos que também deveriam ser ouvidos.

Outros envolvidos – Durante o processo, a Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) apurou a participação de homens do Setor de Inteligência da Polícia Militar. A pistola calibre nove milímetros de uso restrito usada no crime seria de um preso.

Em contato com a reportagem, Alberto Rossi, delegado da Garras, disse que não poderia mais comentar o caso, já que teria deixado as investigações. O titular da DEH, Edilson dos Santos Silva foi procurado, mas não foi localizado pela reportagem.

A equipe do Campo Grande News também tentou contato com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), todavia, por meio da assessoria de imprensa, foi informada que a entidade não se pronunciaria, pois apenas prestou apoio à Polícia Civil.

Crime - Paulo Maqalhães aguardava a filha sair da escola, a duas quadras da sua casa, na rua Alagoas, bairro Jardim dos Estados, área nobre de Campo Grande. Era por volta das 17h40 do dia 25 de junho. Ele estava dentro do seu jipe, quando o bandido chegou de moto atirou ao menos seis vezes. As balas quebraram o vidro do automóvel e acertaram o tórax e a cabeça de Paulo Magalhães. Uma das balas entrou pelo pescoço e saiu pelo crânio, causando morte instantânea.

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